A dois dias do início da Rio+20, mundo olha para o Brasil

A Rio+20, sinônimo da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, vai começar somente na próxima quarta-feira (13/06), mas todo o mundo já olha para a cidade do Rio de Janeiro, onde,  durante  nove dias, serão novamente postas em debate as soluções possíveis para a humanidade garantir o desenvolvimento econômico sem causar o colapso do meio ambiente global. São esperados 115 líderes de países que pertencem â Organização das Nações Unidas (ONU), entre presidentes da República, primeiros-ministros e chefes de governo e, em todas as mesas de negociação, um importante quesito permeará todas as mesas-redondas: a inclusão social como garantia da sustentabilidade econômica e a preservação dos recursos naturais. Nos últimos nove anos, o Brasil criou vários instrumentos para garantir a convivência virtuosa entre a sustentabilidade do meio ambiente, o crescimento econômico e a redução da miséria. A coleta de impostos sobre autos, por exemplo, que financiam execução de programas sociais de transferência de renda no Brasil. As autoridades brasileiras defendem que a Rio+20 definida as  medidas que garantam o combate à pobreza e à fome, assim como no fortalecimento do multilateralismo e nas metas fixadas pelas Nações Unidas para o milênio.

Para especialistas, a conferência deve confirmar que os resultados dos esforços conjuntos só ocorrerão se houver atividades e programas que atendam às diferentes realidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Em relação à estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, as discussões devem ter como foco as áreas econômica, social e ambiental. Nos últimos anos, líderes políticos estimularam as discussões sobre a possibilidade de pôr em prática programas voltados ao desenvolvimento econômico, ao bem-estar social e à proteção ambiental, organizados de forma conjunta.

Nas propostas já apresentadas estão a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS) cujo objetivo é a execução das metas, fixadas há 20 anos, na Rio92. Também há recomendações para reformas nas instituições ambientais internacionais, pois vários líderes políticos argumentam que é necessário fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

A ideia é assegurar propostas que garantam o aumento dos recursos disponíveis ao Pnuma para a implementação de projetos em países em desenvolvimento. A reforma da estrutura do Pnuma deve considerar o equilíbrio entre as questões sociais, econômicas e ambientais. Políticos, especialistas, representantes de organizações não governamentais, integrantes de comunidade indígenas, quilombolas e ribeirinhos estarão presentes.

As discussões da Rio+20 ocorrerão em locais distintos da cidade do Rio de Janeiro. Os políticos se concentrarão no Riocentro, no bairro da Barra da Tijuca, especialistas, pesquisadores e sociedade civil se intercalarão em debates no Parque do Flamengo, Museu de Arte Moderna, Forte de Copacabana e Parque dos Atletas.

 

(Com informações da Agência Brasil)

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