Greve Geral dia 30

Contra as reformas, mobilização e greve geral dia 30

A partir das 10 horas desta terça-feira, Comissão de Assuntos Sociais do Senado vota relatório. Projeto segue ainda para CCJ antes de chegar ao plenário
Contra as reformas, mobilização e greve geral dia 30

Foto: Divulgação

Enquanto a Comissão de Assuntos Sociais do Senado estiver votando, a partir das 10 horas desta terça-feira (20), o relatório da reforma trabalhista, as centrais sindicais promovem uma série de manifestações por todo o País, no que já foi definido Dia Nacional de Mobilização Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência e como um “esquenta” para a greve geral marcada para 30 de junho.

Além da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização está sendo puxada também pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). O objetivo e reforçar a resistência e ampliar a pressão sobre os parlamentares que podem enterrar de vez a carteira de trabalho e com ela todos os direitos trabalhistas, conforme aponta o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre.

“Um governo sem legitimidade e o Congresso envolvido em escândalos não têm nenhuma condição de dialogar com a classe trabalhadora, porque sabem que essa pauta de derrubada de direitos mínimos jamais seria aprovada pelo povo em eleições diretas. Assim, cabe a todo brasileiro que deseja ver seu filho trabalhando em condições dignas, que ainda sonha em se aposentar sem morrer trabalhando ir para a rua cobrar o fim dessas reformas”, falou Nobre.

Transmissão
O debate e a votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais será transmitida ao vivo pelo PT no Senado, pelo nosso site e por nossa página no Facebook, a partir das 10 horas.

Depois da votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) o projeto da reforma trabalhista ainda tramitará na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de chegar ao plenário do Senado. O calendário projetado pelos governistas é apreciar a proposta em plenário no dia 28 de junho. votação na Comissão

A orientação da CUT para este dia 20 é que as entidades sindicais, em conjunto com demais representações do movimento social, organizem panfletagens em terminais de ônibus, estações de trem e de metrô e e caminhadas pelos Centro das cidade para dialogar com a população, ao longo da manhã. À tarde, o objetivo é realizar atividades culturais com debates sobre as reformas.

Além disso, a CUT orienta os sindicatos a promoveram assembleias e, além do corpo a corpo com os parlamentares em suas bases e nos aeroportos, enviar e-mails e mensagens para que votem contras as reformas.

Luta nos estados
Em muitas regiões, a classe trabalhadora já se mobiliza para as manifestações do dia 20. Além de plenárias regionais, que seguem por todo Brasil, já há atividades definidas em algumas capitais. Em Florianópolis haverá panfletagens pela manhã em fábricas e portas de escolas e um grande ato político e cultural, a partir das 16h30, em frente à Catedral Metropolitana.

“Dia 20 será o esquenta para a Greve Geral e vamos fazer uma manifestação que reunirá diversas categorias em defesa dos direitos que esse governo ilegítimo e esse Congresso com parlamentares golpistas querem roubar”, falou a presidenta da CUT-SC, Anna Rodrigues.

Em São Paulo, o ato cultural está previsto para acontecer a partir das 17h, na Praça da Sé, centro de São Paulo. Segundo o presidente da estadual, Douglas Izzo, a mobilização acontece em ritmo de festa junina.

“Durante o dia faremos uma caminhada pelo centro da cidade com comerciários, municipais, trabalhadores do ramo bancário, entre muitas outras categorias. Também ocorrerão assembleias nas portas de fábrica e, no final do dia, vamos fazer um ‘arraiá’ contra a retirada dos direitos nesta luta contra as reformas”, ressaltou.

Veja a seguir, um vídeo em que o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, convoca trabalhadores e trabalhadoras para a próxima manifestação.

Brasil afora
Neste dia, entidades CUTistas também programam panfletagem e diálogo com a população em diversos bairros de Manaus (AM) e, em Fortaleza (CE), no aeroporto Pinto Martins, a partir das 4h30.

Também há manifestações programadas para Bahia (às 15h, em Campo Grande/Salvador), Maranhão (concentração na Praça João Lisboa, às 16h), Minas Gerais (audiência públicas sobre a situação das hidrelétricas mineiras, às 14h30, na Assembleia Legislativa de Minas e diálogo com a população nas estações do metrô e de ônibus) e Mato Grosso (às 7h30 haverá arrastão no Centro de Cuibá, com panfletagem).

Haverá mobilização ainda no Pará (Seminário nacional de enfrentamento à violência no campo), Pernambuco (assembleias em locais de trabalho e panfletagem), Paraná (assembleias em locais de trabalho e panfletagens no interior e capital), Rio Grande do Norte (panfletagem nas principais ruas de Natal e plenária com o movimento sindical e populares), Rio Grande do Sul (mutirão no Aeroporto Internacional Salgado Filho e às 17h30 acontece um grande ato no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha) e Tocantins (dias 19 e 20 protestos nos aeroportos de todo Brasil).

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