Ana Rita: Com luta, mulheres conquistam a igualdade

Para a senadora, igualdade de gêneros é um processo em permanente construção

Ana Rita: Com luta, mulheres conquistam a igualdade

“8 de Março é uma data para refletirmos
sobre a urgência de seguirmos na luta
incansável pela conquista e garantia dos
direitos da mulher” (Agência Senado)

Mais mulheres no mercado de trabalho, maior participação na política, com a ocupação de espaços importantes e aumento da escolarização. Essas foram algumas das conquistas femininas apontadas pela senadora Ana Rita (PT-ES) em discurso ao plenário nessa terça-feira (11).

Em homenagem ao Dia das Mulheres, comemorado no último sábado (8), a senadora pediu o empenho dos parlamentares para prosseguir na luta pela igualdade entre os gêneros e citou projetos aprovados no Congresso que garantem maior proteção às vítimas de violência doméstica e outras iniciativas que combatem a discriminação contra a mulher.

“O 8 de Março é uma data para refletirmos sobre a necessidade, a importância e a urgência de seguirmos na luta incansável pela conquista e garantia dos direitos da mulher, seja na vida política, profissional ou social, mas principalmente no respeito à convivência pacífica e isonômica entre mulheres e homens”, disse.

Ana Rita lembrou propostas importantes, que pretendem abrir ainda mais espaço para a mulher na política, como a campanha Mais Mulheres no Poder, lançada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, com o apoio do Congresso Nacional

E, usando como base os indicadores sociais, mostrou que a vida das mulheres tem melhorado em muito no País. “Conforme os dados da última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, a PNAD, houve aumento da escolaridade feminina e cresceu a presença das mulheres no mercado de trabalho. As mulheres também estão tendo mais acesso à internet, à casa própria, a bens de consumo e a programas de melhoria de renda”, elencou.

Para a senadora, os governos petistas tem direcionado grande parte dos programas sociais. “Elas foram as mais beneficiadas por programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, Minha Casa Melhor e o Bolsa Família, ao tornarem-se prioritárias no recebimento desses programas”. Disse que o Governo tem a preocupação de colocar a mulher como beneficiária, especialmente de programas como o Minha Casa, Minha Vida, porque, em caso de divórcio ou separação é ela que, em geral, fica com os filhos e filhas.

São também as mulheres as protagonistas do maior programa de transferência de renda do País, o Bolsa Família. “Mais de 92% dos repasses do Programa Bolsa Família são pagos às mulheres. Elas têm a preferência na titularidade do benefício, pois é a pessoa da família responsável pela execução direta dos gastos com alimentação e filhos”, comentou.

Mercado de trabalho

A senadora capixaba também lembrou o aumento da participação feminina no mercado de trabalho nos últimos anos: “Dos 4,5 milhões de empregos com carteira assinada gerados nos últimos três anos, portanto, no governo da Presidenta Dilma, 2,3 milhões foram ocupados pelo sexo feminino”.

Ela citou, também, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec – Brasil Sem Miséria), no qual 67% são do gênero feminino, dentre profissionais em diversas áreas, inclusive na construção civil, como pedreiras, carpinteiras, armadoras de concreto, isto é, em profissões que eram tradicionalmente masculinas. “Além de inserir as mulheres nessas profissões, o Governo Federal está quebrando estereótipos e ampliando a cidadania feminina”, comemorou.

No Crescer, que é o Programa Nacional de Microcrédito do Governo Federal e uma das estratégias do Plano Brasil Sem Miséria, o gênero feminino também merece destaque. Mais de 70% do público atingido pelo programa é de mulheres. São empréstimos que servirão para empreender, ajudando no desenvolvimento do nosso País.

“A priorização das mulheres nas políticas públicas significa o reconhecimento do papel da mulher na responsabilização das famílias e de sua força e presença no desenvolvimento econômico e social no Brasil”, disse.

Ela lembrou, porém, que ainda há muitos desafios para a conquista da plena cidadania e da igualdade entre os gêneros.  “A diferença salarial entre homens e mulheres preocupa. As mulheres ainda recebem menos que os homens, cerca de 70% dos salários deles, e preocupa o fato de que essa diferença é maior quanto mais elevado é o nível educacional”, destacou.

Violência

Para a senadora, outro tema de preocupação é a persistência da violência contra mulheres no Brasil. Relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que fez um mapeamento profundo do que ocorre por todo o País, Ana Rita insistiu que, é necessário que estados e municípios elaborem políticas públicas destinadas a enfrentar o problema.

Ao final, elencou projetos aprovados no ano passado em defesa das mulheres vítimas de violência e lembrou que todas as propostas estão em tramitação na Câmara dos Deputados. Todos os projetos tramitam agora, na Câmara dos Deputados. “Aqui faço um apelo para que sejam apreciados e aprovados o mais rápido possível”, concluiu

Giselle Chassot

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