Ana Rita: igualdade se constrói com políticas públicas

A senadora Ana Rita (PT-ES) exaltou, nesta segunda-feira (21/11), a sessão especial para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra. Ela falou sobre as desigualdades que ainda existem entre brancos e negros no Brasil e citou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstrando que os negros recebem, em média, 53% do salário dos brancos e sua escolaridade média é de 5,8 anos, em contraste com 7,7 anos na população branca.

“É preciso políticas públicas para os negros neste país. É preciso acabar com o preconceito, muitas vezes velado. Não podemos desprezar ou diminuir uma população que ajudou e contribuiu para o crescimento deste país em todos os sentidos”, afirmou.

Uma maneira de diminuir as diferenças, segundo Ana Rita, é a aprovação da lei de cotas raciais nas universidades públicas. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/2008, do qual é relatora, está pronto para a inclusão na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O voto da senadora é favorável à aprovação do projeto.

“A lei das cotas raciais é a forma de inclusão definitiva do negro e da negra na sociedade brasileira, precisamos avançar com medidas como essa para que possamos mudar a visão sobre o negro que predomina na nossa sociedade”, afirmou.

Ana Rita fez menção ao herói negro, Zumbi dos Palmares e homenageou várias mulheres negras em Plenário, como Dandara, Anastácia e Chica da Silva.

Índios

A senadora lamentou o ataque aos índios da comunidade Kaiowá Guarani ocorrido em Amambaí (MS) na sexta-feira (18/11). De acordo com os índios, cerca de 40 homens armados invadiram o acampamento na sexta-feira e executaram o cacique Nísio Gomes. O corpo teria sido levado pelos pistoleiros.

“Faço questão de, como vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, repudiar tais atos e tamanha brutalidade. As comunidades indígenas contam com o total apoio do nosso mandato”, disse a senadora.

Michelle Araujo, com Agência Senado

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