Ângela atribui caos na saúde a governo do estado

Principal hospital de Roraima entrou em colapso: falta tudo

Ângela atribui caos na saúde a governo do estado

Ângela: o povo padece nas emergências, nas
filas dos hospitais, nos postos de saúde em
busca de um direito elementar: o direito à
saúde, à saúde de seus filhos

A senadora Ângela Portela (PT-RR) anunciou nesta quarta-feira (28) que vai atuar como mediadora entre o governo de Roraima e o Governo Federal para tentar sanar a crise na saúde vivida pelo estado. “O caos na saúde em Roraima é responsabilidade exclusiva do governo estadual. Mas o povo roraimense não pode esperar”, afirmou a senadora, em pronunciamento ao plenário no qual  defendeu o envio de uma Força Nacional do Sistema único de Saúde ao estado, para atender à população.

Desde a última sexta-feira (23), Roraima está sob estado de emergência na área de saúde pública, decretado pelo governador Chico Rodrigues (PSB). A situação é grave: dívidas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) com fornecedores levaram à suspensão do abastecimento das unidades hospitalares com remédios e insumos básicos. O Hospital Geral de Roraima (HGR), na capital, Boa Vista, o maior do estado, entrou em colapso devido à superlotação, falta de remédios, profissionais e estrutura.

“É preciso declarar a falta de planejamento e a incompetência na gestão com que o Governo do Estado de Roraima tratou a saúde pública nos últimos anos”, afirmou Ângela Portela, para quem a decretação do estado de emergência é “uma triste e esperada decorrência” dessa realidade. “Infelizmente, a incompetência e a má gestão vitimam o povo mais pobre de nosso Estado. Esse povo padece, diuturnamente, nas emergências, nas filas dos hospitais, nos postos de saúde em busca de um direito elementar: o direito à saúde, à saúde de seus filhos”, protestou a senadora.

Foi exatamente para evitar que a população sofra ainda mais com a situação que Ângela decidiu colocar-se acima das questões das questões político-partidárias e atuar como mediadora entre o Governo Federal e o governo do estado. “Quero ajudar a resolver a  essa situação calamitosa da saúde em Roraima”. A senadora defende a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no estado, de modo a garantir recursos federais para a melhoria das condições de atendimento da população roraimense.

A declaração da Emergência de Importância Nacional é uma medida que permitirá o envio de recursos financeiros do Governo Federal além dos repasses já previstos em lei, e garantirá o envio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde, composta por gestores e equipes de atendimento. “Estarei inteiramente dedicada à tarefa de mediação com o Governo Federal para trazer recursos humanos e materiais para amenizar o sofrimento do povo roraimense”, assegurou a senadora.

Pacientes de câncer
Ângela chamou a atenção para a incerteza e o sofrimento vivido especialmente pelos pacientes de câncer em Roraima, pessoas que precisam de tratamento continuado e que não está sendo prestado pela rede pública do estado. Ela revela que nem mesmo o mamógrafo do Centro de Referência da Mulher está em funcionamento, apesar da recomendação do Ministério Público ao governo do estado para que providenciasse o conserto do equipamento. O MP também recomendou a compra de materiais básicos para o Hospital Geral de Roraima, o que também não foi feito.

A senadora elogiou o trabalho desenvolvido pela Liga Roraimense de Combate ao Câncer, organização não governamental que tem conseguido suprir parte da ausência de seviços que deveriam estar sendo fornecidos pelo governo do estado e lembrou que a coordenadora da Liga, a médica Magnólia Rocha, já teve o trabalho reconhecido pelo Senado, que este ano a homenageou com o Prêmio Bertha Lutz. A homenagem originou-se na indicação feita por Ângela Portela ao Conselho que confere a premiação.

Cyntia Campos

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