Ângela Portela rebate acusações seletivas do jornal Roraima em Tempo

Ângela  Portela rebate acusações seletivas do jornal Roraima em Tempo

Em nota, senadora estranha silêncio sobre denúncias ao senador Romero JucáA senadora Ângela Portela encaminhou carta ao jornal Roraima em Tempo contestando matéria publicada na edição do dia dois de maio. O jornal acusa a senadora de ter recebido recursos de empresas que “estão com seu dirigentes presos por envolvimento no esquema do Petrolão” e tenta envolver a parlamentar nos escândalos que mobíliam a opinião pública. 

No documento, Ângela enfatiza que todos os recursos recebidos são doações de campanha e foram integralmente registrados. E recorda que jamais foi citada em qualquer inquérito relativo à operação. Lava jato ou qualquer outro que envolva irregularidades cometidas por empreiteiras. 

Ela estranha o silêncio do mesmo jornal a respeito de denúncias contra outro senador roraimense, que , lembra ela “acumula citações, delações, denúncias e processos, na Lava-Jato e fora dela em função dessa operação, apenas, já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por seis acusações diferentes. Mais recentemente foi denunciado no âmbito da Operação Zelotes, que investiga suposta “venda” de Medidas Provisórias. 

Leia a íntegra da carta: 

Censura, o jornalismo de Jucá – Carta ao Jornal Roraima em Ttempo 

4 de maio de 2016 

À Direção-Geral do Jornal Roraima Em Tempo 

Rosilene Brito 

Senhora Diretora-Geral, 

1. Em sua edição de 2 de maio de 2016, o Roraima Em Tempo me acusou de ter recebido “cerca de R$ 1,3 milhão” de “empresas que estão com seus dirigentes presos por envolvimento no esquema do Petrolão”. Afirma ainda que recebi recursos de outras empresas que estão sendo investigadas. Tentou me envolver nos escândalos que, ultimamente, mobilizam a opinião pública nacional e ocupam amplo espaço na mídia. 

2. As quantias a que se refere o Roraima Em Tempo são, todas elas, doações de campanha. Foram integralmente registradas, constam das prestações de contas da minha campanha e foram devidamente examinadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Portanto, absolutamente nada têm de irregular e muito menos de ilegal. 

3. Registro que centenas, senão milhares de candidatos, de todos os partidos, receberam doações eleitorais de empresas, por serem legais até a reforma política aprovada pelo Congresso em 2015. A mesma captação de recursos que o PT fez para suas campanhas, em todo o Brasil, também foi feita pelo PMDB, pelo PSDB e todos os demais partidos, muitas vezes junto aos mesmos doadores, entre eles empreiteiras. 

4. Se empreiteiras que fizeram doações eleitorais foram denunciadas por participação em esquema de desvio de dinheiro público – posteriormente às próprias campanhas em pauta –, nada tenho a ver com esse crime. Pelo contrário, condeno de forma veemente o comportamento criminoso dos dirigentes dessas empresas. Tenho um passado irrepreensível no trato da coisa pública e sempre combati, de todas as formas, a corrupção. 

5. Observe-se, a esse respeito, que jamais fui citada, referida, delatada e muito menos investigada pela Operação Lava Jato ou por qualquer outro inquérito, aberto a respeito de ilegalidades cometida por empreiteiras ou quaisquer outras empresas. Muito menos fui denunciada e processada. 

6. Não é o que ocorre com o Senador Romero Jucá, de conhecidos vínculos com esse jornal e notório monopolista da informação em Roraima. O Senador Jucá acumula citações, delações, denúncias e processos, na Lava-Jato e fora dela. Em função dessa operação, apenas, já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por seis acusações diferentes. Mais recentemente foi denunciado no âmbito da Operação Zelotes, que investiga suposta “venda” de Medidas Provisórias. Jucá ainda é citado na “Lista da Odebrecht” com a alcunha de “Cacique”. Registre-se que nessa lista, com aproximadamente 300 nomes, não há qualquer citação ao meu nome. 

7. A matéria de Roraima Em Tempo, ao envolver os dois senadores que se opõem ao caciquismo de Romero Jucá, revela uma óbvia manobra de manipulação da opinião pública. Quem está envolvido em falcatruas, quem responde a processos por malfeitos, tenta atingir a imagem de outros, em especial de eventuais adversários. Quem está sujo, quer que os demais também pareçam sujos. 

Atenciosamente, 

Ângela Portela 

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