Ângela: união de homens e mulheres para equilibrar forças

Para ela, é importante debater a igualdade de gênero e a representação política das mulheres.

Ângela: união de homens e mulheres para equilibrar forças

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“Somos quase 52% do eleitorado brasileiro.
Mas estamos sub-representadas nas duas
Casas Legislativas”

A senadora Ângela Portela (PT-RR) foi uma das representantes brasileira no Fórum Global As mulheres nos Parlamentos (WIP), realizado em Bruxelas, na Bélgica, no final do mês passado. Nessa terça-feira (3), ela relatou sua participação no evento e defendeu que as mulheres tomem frente na discussão de temas que podem movimentar a agenda política do mundo. “Na condição de parlamentar, quero destacar a necessidade de nos juntarmos, homens e mulheres, para contribuirmos de forma serena, firme e fraterna, com a efetivação da igualdade de gênero na política”.

Para a senadora, é importante trazer a discussão sobre a efetivação da igualdade de gênero na política e da elevação da representação política das mulheres nos espaços de poder. “Somos quase 52% do eleitorado brasileiro. Mas estamos sub-representadas nas duas Casas Legislativas que formam o Congresso Nacional”, criticou.

Durante o evento no Parlamento Europeu, Ângela disse que os temas mais destacados foram a reformulação da política por meio da liderança feminina;  o uso da tecnologia e a participação política das mulheres; a eliminação de lacunas sociais entre homens e mulheres; os parlamentos e a igualdade de gêneros;o avanço de oportunidades na economia para as mulheres; e o relatório global sobre desigualdade de gênero, organizado pelo Fórum Econômico Mundial.

“São questões mundiais que dizem respeito à humanidade e que precisam estar na agenda global. Essas pautas devem ser assumidas pelas mulheres. Mas não somente por nós, mulheres, e sim, pelo conjunto daqueles que formam o mundo político”, recomendou.

Participação feminina no parlamento
A média brasileira de mulheres parlamentares é mais baixa do que todas as médias por regiões calculadas pela União Interparlamentar, incluindo a média nos países árabes, de 9%. Nas Américas, a média é de 20%, enquanto a proporção mundial ficou em 17,9%.O ranking de mulheres no Parlamento é liderado por Ruanda (48%), seguida de Suécia (47%), Finlândia (41%) e Argentina (40%).

A União Interparlamentar observa que a média mundial vem registrando melhoras ano a ano, mas adverte que ainda é necessária uma melhoria significativa para garantir uma representação efetiva das mulheres nos Parlamentos.

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