Aníbal Diniz: o Brasil ainda é um país segregacionista

Aníbal Diniz: o Brasil ainda é um país segregacionista

Um dos autores do requerimento para realização da sessão desta manhã (21/11) em homenagem ao Dia Nacional de Consciência Negra, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) destacou o pouco acesso das populações afrodescendentes aos postos de decisão e comando, aos tribunais e até mesmo aos meios políticos no Brasil.

“Podemos afirmar sem exagero, que ainda vivemos num regime de segregação racial. Somos segregacionistas nos espaços de decisão nesse país. Precisamos pensar sobre como resolver essa questão. Ainda temos muito mais a fazer na luta contra a discriminação e o preconceito”, disse, em pronunciamento durante a sessão.

“A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas proclamou o ano de 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, com o objetivo de estimular as ações concretas para que as populações negras possam usufruir plenamente de direitos econômicos, culturais, sociais, civis e políticos”, lembrou.

O senador apresentou dados para mostrar que embora o Brasil seja um país multirracial e que esteja avançando em favor da igualdade entre as pessoas, ainda temos muito mais a fazer na luta contra a discriminação e o preconceito que perduram em nossa sociedade. As desigualdades ainda são gritantes, e os afrodescendentes são os que mais sofrem com a pobreza e o desemprego”, recordou.

E concluiu: “Podemos afirmar, sem exagero, que ainda vivemos, apesar do Estatuto da Igualdade Racial, num regime de segregação racial. Somos, infelizmente, segregacionistas do ponto de vista da participação negra nos espaços de decisão em nosso País, e precisamos refletir profundamente sobre como fazer para mudar essa realidade”.

Veja íntegra do pronunciamento do senador Aníbal Diniz

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