Aníbal refuta críticas sobre desenvolvimento do Acre

Em destaque na Rio+20, o estado cresceu 71% em 9 anos, a pobreza teve redução de 7,7% de 2000 a 2010 e a mortalidade infantil caiu 42% neste período.

As ações de desenvolvimento sustentável do Acre estão fomentando a participação do País nos debates da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Mas a promoção do estado nas páginas dos jornais tem culminado em algumas críticas. A última foi feita, nesta quarta-feira (20/06), pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC) da tribuna do Senado. Ele afirmou que embora o Acre esteja sendo “enaltecido”, o estado passa por “muitas dificuldades”. Mas o senador Aníbal Diniz (PT-AC), que escutava o colega no plenário, não se conteve e esclareceu que não é a ideia de “paraíso” que está sendo vendida, mas de que maneira políticas sustentáveis podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.

Aníbal ponderou que mais cedo também havia feito um pronunciamento sinalizado que ainda existem “desafios extremos” a serem superados na região. Entretanto, considerou que não se pode ignorar que os indicadores sociais do estado melhoram substancialmente nos últimos 13 anos, período em que o governo petista ocupa a principal cadeira do executivo estadual. Ele lembrou que os índices de analfabetismo, de pobreza extrema diminuíram juntamente com o de desmatamento e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Acre.

Para se ter uma ideia, as estimativas apresentadas na Rio+20, durante a palestra “Serviços Ambientais e Redução da Pobreza”, nessa terça-feira (19/06), mostram claramente essa evolução social acreana. De acordo com os dados, de 1999 a 2009, o PIB cresceu 71%, assim como a população aumentou 42% de 1998 a 2010; o desmatamento, nos últimos cinco anos, alcançou a menor taxa em 24 anos; a extensão de terras protegidas dobrou de 1998 a 2010; a pobreza teve redução de 7,7% de 2000 a 2010 e a mortalidade infantil caiu 42% de 2000 a 2010.

No evento, o próprio representante da WWF-Brasil, Mauro Armelim, relembrou que, há alguns anos, o Estado ocupava as piores posições na área educacional e hoje está entre os 10 melhores do Brasil. “Liderança que rejeitou os padrões habituais de fazer negócios, a vontade política alinhada à ciência, investimento em governança e pessoas, e desenvolvimento de ferramentas inovadoras foram os pontos que tornaram o Acre referência nacional. Há 50 anos, o Acre não era nem um Estado”, constatou.

Mas sem se dar por convencido, Petecão até admitiu que a situação do Acre melhorou “muito” nos últimos, mas argumentou que não era apenas por ações do governo estadual. Ele afirmou que muitos dos recursos e os programas implantados no estado têm origem na esfera federal. Aníbal explicou que ingerência do Governo Federal se dá no País inteiro e a maioria delas é combinada entre todas as esferas, de todas as localidades. E explicou que existem garantias que precisam ser dadas.

“Para conseguir financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], o estado precisa ser adimplente. Ninguém consegue financiamento junto ao BNDES ou aos organismos internacionais se não tiver certificação de adimplência absoluta, se não tiver comprovação de um desempenho fiscal favorável”, exemplificou.

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