Atentado em boate nos EUA é crime que envergonha a humanidade, diz Paim

Atentado em boate nos EUA é crime que envergonha a humanidade, diz Paim

Paim leu nota da Comissão de Direitos Humanos do Senado repudiando assassinatos: “inadmissível calar-se frente a tal barbárie”O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), leu uma nota de repúdio do colegiado ao massacre ocorrido em Orlando, nos Estados Unidos, no último final de semana, em boate frequentada por gays, lésbicas e simpatizantes. A nota foi divulgada nesta segunda-feira (13), pelo parlamentar, durante audiência na CDH sobre o crime de estupro no Brasil.

“Isto é um crime que envergonha a humanidade, mostra o nível da violência e a falta de uma visão humanitária em nível internacional que estamos vivendo. Para mim, isso não é um caso isolado”, disse o senador.

Paim instou aos participantes da audiência – que fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas – a refletir e debater a violência, também é comum no Brasil, contra minorias, negros, pobres, homossexuais, idosos.

A nota da CDH afirma que é “inadmissível calar-se frente a tal barbárie”. O texto ainda lamenta que o grau de intolerância e ódio que “vivenciamos todos os dias” mostre que estamos “muito distantes da tão sonhada convivência pacífica e harmoniosa no planeta”.

Veja, abaixo, o texto na íntegra:

 

Nota pública da CDH sobre o ‘Massacre terrorista e homofóbico LGBT de Orlando’, Estados Unidos da América

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, repudia, veementemente, o assassinato terrorista e homofóbico LGBT de 50 pessoas ocorrido na madrugada de domingo, dia 12, em Orlando, Flórida, Estados Unidos da América. O local era frequentado pela comunidade LGBT.

Inadmissível calar-se frente a tal barbárie. O grau de intolerância, ódio, discriminação, homofobia e racismo que vivenciamos todos os dias mostra que estamos muito distantes da tão sonhada convivência pacífica e harmoniosa no planeta Terra. Choramos a perda de filhos na guerra; sepultamos jovens que buscam a felicidade e o amor.

No Brasil não é diferente. Aqui as perseguições também acontecem contra gays, mulheres, jovens, negros, idosos, religiosos, pobres e tantos outros discriminados. A sociedade atual é responsável por esta situação. Todos nós somos responsáveis. É preciso refletir ou seremos chamados a responder por nossa omissão.

Assim, conclamamos a sociedade brasileira e os poderes constituídos ao debate e a meditação: Que País queremos para o nosso povo?

Lutar pelos Direitos Humanos requer consciência, certeza e coragem para podermos propor para as novas gerações o sentimento único que a humanidade necessita: o amor, sentimento celestial e universal que pode nos conduzir ao único caminho da paz entre os humanos.

Brasília, 13 de junho de 2016.

 

Senador Paulo Paim (PT/RS)

Presidente da CDH

 

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