São Paulo

Audiência discutirá tratamento a pessoas em situação de rua

Debate tratará do tratamento desumano sofrido por essas pessoas por parte da prefeitura da maior capital do País
Audiência discutirá tratamento a pessoas em situação de rua

Foto: Divulgação

A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai realizar uma audiência pública, em São Paulo (SP), para tratar da população em situação de rua na maior cidade do País. Um requerimento neste sentido foi apresentado e aprovado nesta quarta-feira (9), no colegiado.

Autora do requerimento, a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), justificou a audiência devido ao tratamento abusivo que essas pessoas vêm recebendo. “Estamos vivendo situação que tem sido notícia nos âmbitos nacional e internacional em relação às pessoas em situação de rua. Inclusive com tratamento desumano por parte da prefeitura municipal e da polícia militar, orientada pelo governo do Estado”, disse.

Desde o início da gestão de João Dória (PSDB) à frente da prefeitura de São Paulo, notícias de abusos vêm sendo recorrentes. Em julho, pessoas que vivem nas ruas disseram terem sido acordadas com jatos de água fria na praça da Sé, no centro da cidade – os responsáveis seriam funcionários de uma empresa contratada pela prefeitura para fazer a limpeza do espaço.

Antes disso, outras polêmicas já vinham ocorrendo. Foi o caso de uma operação violenta da Polícia Militar na “cracolândia”, no início do ano, que afetou centenas de homens e mulheres que viviam nas ruas da região. Uma pesquisa feita pela própria prefeitura mostrou que 17,2% dessas pessoas tiveram uma piora na sua situação após o caso, enquanto não melhorou nada para outras 72,3%.

Outra tentativa da prefeitura é de simplesmente jogar o problema para outras cidades. De acordo com o site de notícias UOL, a Secretaria Municipal de Assistência Social vai garantir passagens de volta aos Estados ou cidades de origem a população em situação de rua ou usuários de drogas na capital.

A data, horário e local da audiência sobre esses casos ainda serão definidas pela CDH do Senado.

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