Brasileiros e americanos discutem fronteiras de ciência e engenharia

Instituições buscam criar intercâmbio de informações sobre temas interdisciplinares a fim de que líderes adotem a cooperação como prática

Pesquisadores do Brasil e dos EUA se encontram no Rio de Janeiro, durante esta semana, para participar do simpósio “Fronteiras de Ciência e Engenharia”. Os debates, com início previsto para esta segunda-feira, 17, abrangem temas como bioengenharia e saúde pública, biocombustíveis, nanomateriais e cidades sustentáveis.

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Álvaro Prata, é o coordenador brasileiro do evento. Do lado norte-americano, o papel cabe à diretora da Faculdade de Engenharia da Universidade de Toronto, Cristina Amon.

“É uma iniciativa das academias nacionais de Ciências (NAS) e Engenharia (NAE) dos Estados Unidos, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), para estimular a cooperação entre os dois países, sobretudo aquela direcionada a jovens e proeminentes pesquisadores”, diz Prata. “A ênfase é tentar trabalhar a interdisciplinaridade dos temas a serem debatidos.”

O simpósio começa com palestrantes das duas nações. Segundo o MCTI, as academias norte-americanas já promoveram eventos similares em países como Alemanha, China, Coreia do Sul, Índia, Israel e Japão. O histórico do programa no seu site da NAS explica que a série de simpósios binacionais busca gerar intercâmbio entre a próxima geração de líderes mundiais em campos de ciências naturais e engenharia.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) tem destacado parte da sua atuação parlamentar na defesa da cooperação entre países na busca de parcerias para que o Brasil avance na aplicação de novas tecnologias, na pesquisa e na formação profissional.

Em recente missão oficial na Espanha, o parlamentar conheceu exemplos exitosos de ações entre universidades, empresas privadas e instituições ligadas à área de energias renováveis. O senador iniciou diálogo com o Centro Nacional de Energias Renováveis (Cener) e o Centro de Investigações Energéticas do Governo Espanhol (Ciemat), com expectativa de firmar convênios e acordos de cooperação para formação e capacitação, envolvendo ainda universidades, além de empresas privadas e governos, numa ação tripartite.

A proposta de acordos de cooperação, diz Pinheiro, é para dar suporte, por exemplo, às indústrias da cadeia produtiva em uma unidade do novo Cimatec Industrial, na Bahia: “É preciso prestar serviços, desenvolver, formar pessoal e produzir tecnologia na Bahia, como caminho para garantir mais competitividade. É preciso aproveitar toda experiência dos espanhóis como dos centros visitados [Ciemat e Cener] para integrar as empresas das áreas de energia e indústrias do ramo com as universidades”, destacou.

Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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