Greve Geral

Centrais Sindicais se unem contra reformas de Temer

“Nossa expectativa é que seja a maior mobilização feita até agora”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical
Centrais Sindicais se unem contra reformas de Temer

Foto: Força Sindical

As reformas previdenciária e trabalhista apresentadas pelo governo Temer e em debate no Congresso Nacional reaproximaram as centrais sindicais na luta contra os retrocessos previstos nas propostas. Ontem (24) representantes das principais centrais sindicais do País se reuniram para organizar a paralisação geral marcada para o dia 28, sexta-feira.

De acordo com informações do jornal Valor Econômico, pilotos e comissários de bordo sinalizam reforço da greve e paralisarem as atividades nos aeroportos brasileiros. O Sindicato Nacional dos Aeronautas afirmou que as categorias estão em estado de greve desde ontem com a possibilidade de adesão à greve geral a ser decidida na próxima quinta (27).

A greve geral já conta com a participação de parte do setor privado de educação. Ônibus e trens também devem suspender a circulação em vários estados do País. Bancários da cidade de São Paulo, metalúrgicos e funcionários do Porto de Santos também devem aderir ao movimento.

Confira vídeo dos senadores do PT convocando para a greve geral:

“Nossa expectativa”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, “é que seja a maior mobilização feita até agora. Orientamos sindicatos e federações a solicitarem à população para que não saiam de casa”.

As oito centrais sindicais que convocaram a greve, juntas, representam mais de dez milhões de trabalhadores. Um boletim assinado por Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB, NCST, Conlutas e CGTB, com tiragem de 2 milhões de exemplares, está sendo distribuídos em cidades do estado de São Paulo explicando os motivos da paralisação.

Na última semana, a Conferência Nacional dos Biscos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Federal de Economia (Confecon) divulgaram manifesto conjunto contra as reformas do governo.

“Nenhuma reforma que afete direitos básicos da população pode ser formulada, sem a devida discussão com o conjunto da sociedade e suas organizações”, alertaram as entidades. A CNBB, a OAB e o Confecon expressam no documento a insatisfação da sociedade com as medidas impostas sem debate.

Apoio internacional
Após o diretor da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Andrés Larisgoitia confirmar presença na Greve Geral a ser realizada no Brasil no próximo dia 28, agora é a vez de a central sindical Comissões Operárias da Espanha (CCOO) – em espanhol, Comisiones Obreras – declarar apoio às paralisações agendadas para esta sexta-feira (28).

No texto, a CCOO aponta a justiça das reivindicações e demonstra preocupação com retrocessos que podem ocorrer caso a agenda de Michel Temer (PMDB), que inclui as reformas Trabalhista e Previdenciária, seja aprovada.

Dirigentes e trabalhadores da indústria da construção e da madeira de diversas partes do mundo também se manifestaram em apoio ao movimento dos trabalhadores brasileiros no próximo dia 28. Também estão sendo articuladas ações de solidariedade e apoio, inclusive com paralisações, nas principais cidades da América Latina e Caribe aonde a Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) está inserida, como Buenos Aires, Cidade do Panamá e Montevidéu, no próprio dia da Greve.

Até o momento, a Rede de Mulheres Árabes da ICM e trabalhadores da Colômbia e do Peru manifestaram apoio a paralisação do dia 28.

Foto: Jornalistas Livres

Com informações da CUT, Força Sindical, Jornalistas Livres e Valor Econômico

 

MULTIMÍDIA

Ouça a convocação do arcebispo da Paraíba para a greve geral:

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