Cobertura neonatal do SUS cresce de 50% para 83% em 12 anos

O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que realiza o Teste do Pezinho, alcançou 83% de cobertura entre as crianças que nasceram no ano passado. Em 2000, o índice de cobertura nacional era de 56%. O programa abrange, além da realização dos exames e detecção precoce de doenças, o acompanhamento e o tratamento dos pacientes, às vezes, por toda a vida.

Em oito anos, foram realizados mais de 19 milhões de exames no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, 2.861.868 crianças realizaram o teste. Deste total, 62,11% das crianças tiveram acesso aos serviços de saúde para coleta sanguínea no período ideal (até sete dias de nascido). Em 2004, apenas 44,85% das crianças tiveram a coleta realizada no período adequado.

Atualmente, no Brasil, 62,11% das crianças têm acesso aos serviços de saúde para coleta sanguínea no período ideal, até sete dias de nascido

Todos os estados contam com Serviços de Referência em Triagem Neonatal e postos de coleta de sangue para realização do teste. São 30 serviços de referência e 17.854 postos. “O teste é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de algumas doenças a tempo de interferir na evolução delas por meio do tratamento específico, permitindo a diminuição ou a eliminação das sequelas associadas a cada uma”, afirma o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.

O Teste do Pezinho tem capacidade para identificar quatro doenças (Hipotireoidismo congênito, Fenilcetonúria, Fibrose cística e Doença Falciforme). O Ministério da Saúde investe anualmente, em média, R$ 52 milhões, mas a meta é que esse valor passe para R$ 120 milhões. O intuito é expandir e qualificar os serviços nos estados e incluir, gradativamente, exames e tratamento para duas novas doenças (Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase) com início de triagemem 2013.

As doenças de Hipotireoidismo congênito e Fenilcetonúria são triadas nos 26 estados e o Distrito Federal. Já a doença falciforme é triada por 18 estados e a cobertura é de 73,41%, sobre o número de nascimentos. A Fibrose Cística apresenta uma cobertura 47,93%, sendo examinada e acompanhada por nove estados.

Ministério da Saúde

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