Comenda Dom Hélder: Ana Rita anuncia homenageados

A presidente do Conselho da Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, senadora Ana Rita (PT-ES), anunciou os nomes indicados à premiação, esta semana, no Senado. A comenda será entregue pela segunda vez este ano e é conferida pela Casa a personalidades que se destacam na defesa dos direitos humanos no Brasil, sempre entregue no mês de dezembro.

Os nomes definidos foram os de Dom Marcelo Pinto Carvalheira, Jair Krischke, Dom Eugênio de Araujo Sales, Ministro Carlos Ayres Britto, Dom Tomás Balduíno. O

Major-Brigadeiro Paulo César Fonteles de Lima será homenageado in memória.

O Conselho da Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara conta com 16 titulares e é presidido pela senadora Ana Rita, tendo como vice o senador Paulo Davim (PV-RN). Todos os integrantes fazem indicações e ao final, os nomes indicados são votados. Os cinco indicados com mais votos são agraciados. Este ano foi inserida uma homenagem especial póstuma.

Dom Hélder

A Comenda ganhou o nome de Dom Hélder pelos trabalhos intensos feitos por ele na área de direitos humanos. Nascido em Fortaleza (CE), no dia 7 de fevereiro de 1909, Hélder Pessoa Câmara, mais tarde Dom Hélder Câmara, foi consagrado como bispo auxiliar do Rio de Janeiro em 1952, mesmo ano que foi nomeado bispo. Nesse período, contribuiu para fortalecer a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde foi secretário-geral e atuou em defesa do ajuste dos ideais da Igreja Católica a padrões mais modernos, principalmente no que se referia à defesa da justiça e da cidadania.

Foi também arcebispo de Olinda e Recife de março de 1964 a abril de 1985, onde fundou a Comissão de Justiça e Paz de Pernambuco e consolidou as chamadas Comunidades Eclesiais de Base, entre outras entidades. Ficou conhecido por lutar pelos direitos humanos e contra o autoritarismo, tendo, por esse motivo, entrado em choque com o regime militar.

Nos anos 90, inaugurou, com auxílio de organizações filantrópicas, na Fundação Joaquim Nabuco, a campanha intitulada “Ano 2000 Sem Miséria”. Teve também participação ativa no Concílio Ecumênico Vaticano II, que, entre outras mudanças importantes, reformou a liturgia, a constituição e a pastoral da Igreja Católica, além de ser uma das fontes de influência para a formulação da Teologia da Libertação, adotada nos países mais pobres e em desenvolvimento.

Autor de 12 livros traduzidos para diversos idiomas, Dom Hélder morreu no dia 27 de agosto de 1999 no Recife, aos 90 anos de idade.

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