CPI do HSBC cria grupo de trabalho e vai tentar quebrar novos sigilos

Paulo Rocha: ainda não tivemos o acesso aos dados legalizadosO presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as contas de brasileiros no HSBC na Suíça, senador Paulo Rocha (PT-PA), disse ao site do PTnoSenado que os trabalhos da comissão foram retomados com a mesma cautela de antes, ou seja, não vai tomar decisões que possam prejudicar inocentes e nem blindar quem atuou de má-fé. “Ainda não tivemos o acesso aos dados legalizados. Portanto, aprovamos hoje requerimentos para ouvir algumas pessoas e convoquei sessão para a próxima semana para discutir a quebra de novos sigilos bancários”, informou.

A CPI aprovou nesta terça-feira (23) a formação de um grupo de trabalho composto por integrantes da Receita Federal, do Banco Central, do Coaf, da Polícia Federal e de equipe de servidores do Senado. De acordo com Paulo Rocha, esse GT vai fazer cruzamentos de algumas informações já disponíveis para a CPI, tanto informações do Banco Central quanto de informações individualizadas e voluntárias, inclusive de alguns envolvidos.

Entre os requerimentos aprovados, está o que solicita ao Ministério da Justiça o envio de cópia do processo de investigação realizado pelo Ministério Público da Suíça, em relação ao HSBC Private Bank no âmbito do escândalo SwissLeaks. Outro pede o compartilhamento de informações remetidas pelo Ministério da Justiça da França ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal.

Aprovou ainda a convocação de Helena Freire McDonnell, diretora estatutária do HSBC Participações a partir de 2003; de Cesar Sasson, diretor estatutário; Paulo Sérgio Góes, diretor estatutário de abril de 2003 a fevereiro de 2004; Luis Eduardo Alves de Assis, diretor estatutário de fevereiro de 2004 a setembro de 2005 e Alexandre Ibitinga de Barros, também diretor estatutário do HSBC Participações no período de setembro de 2005 a agosto de 2006.

Marcello Antunes

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