CPMI da violência contra a Mulher faz diligências em Roraima

A diligência da CPMI atendeu requerimento da senadora Ângela Portela (RR).

Décimo terceiro Estado da federação em número de em assassinatos de mulheres, Roraima recebe, nesta segunda-feira (10/12), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher. Os parlamentares farão diligências em órgãos de atendimento à mulher em situação de violência em Boa Vista, entre os quais a Delegacia de Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e o Ministério Público dos Direitos da Mulher.

Dados do Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça, revelam que Roraima tem uma taxa de homicídios de 5,0 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, portanto, acima da média nacional, que é de 4,6. A capital, Boa Vista, ocupa a 18ª posição no ranking das capitais mais violentas do País, em homicídios de mulheres, ostentando uma taxa de 5,6 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres.

Titular da Comissão, Ângela Portela afirmou que o lugar ocupado por Roraima, por si só justifica a realização da diligência solicitada. Para a parlamentar, é importante que as autoridades tomem conhecimento deste fato, pois Roraima tem cerca de 450 mil habitantes, o que representa apenas 0,24% da população brasileira, e tem taxas de homicídios que preocupam.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres de 15 a 44 anos no mundo.

Segundo a relatora da CPMI, senadora Ana Rita (PT-ES), o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. El Salvador com taxa de 10,3, Trinidad e Tobago e a Guatemala, ambos com taxa de 7,9 aparecem nas posições seguintes. As armas de fogo e os objetos cortantes são os principais os são os mais usados para os assassinatos.

“Nos últimos 30 anos foram assassinadas mais de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década”, afirma Ana Rita. “O lar, doce lar não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges”, diz Ana Rita.

Ângela Portela conclama os atores sociais ligados a questão da violência de gênero e as autoridades públicas de Roraima a participarem da diligência, envolvendo-se na discussão, para buscar alternativas capazes de garantir a aplicação da Lei Maria da Penha, protegendo o mais rapidamente possível, as mulheres roraimenses.

Com informações da assessoria de imprensa da senadora Ângela Portela

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