Cunha chantageou para tentar salvar seu mandato, diz Jaques Wagner

Cunha chantageou para tentar salvar seu mandato, diz Jaques Wagner

Indignação de ministro bomba na internetChantagem. Essa é a palavra escolhida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, para definir a atitude do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Em sua página na rede social Facebook, Wagner expressou sua indignação pela atitude de Cunha, que ontem autorizou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Até às 10h30, o post do ministro já tinha mais de sete mil compartilhamentos e quase nove mil curtidas, o que demonstra a indignação dos internautas. 

Cunha agiu seguindo o modelo dos chantagistas. Esperou o momento certo para causar mais impacto. Eram 14 horas dessa quarta-feira e o Congresso apreciava a redução da meta fiscal. Evidentemente, a manobra chantagista de Cunha desnudou as intenções dos golpistas. Como definiu o ex-presidente da OAB  e atual deputado  Wadih Damous (PT-RJ) , o que Cunha fez não passa de abuso de poder.

Não houve em Cunha qualquer pensamento patriótico. Ele não está, definitivamente, preocupado com o Brasil ou os brasileiros. Quer apenas defender seus interesses e manter sua cadeira. 

“A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de abrir processo de impeachment contra Dilma revela o desespero de quem, confrontado com acusações de suspeitas de corrupção, está disposto a lançar mão de todo e qualquer meio, incluindo a chantagem e a violação das regras democráticas, para salvar seu mandato e satisfazer seus interesses”, definiu o ministro. 

Vale lembrar que Cunha é alvo de um processo de investigação no Conselho de Ética da Câmara acusado de mentir à CPI da Petrobrás ao afirmar que não possui contas no exterior. 

Como no pronunciamento da presidenta, Wagner lembra que, ao contrário de Cunha, Dilma não tem contas na Suíça e não está sendo acusada ou investigada por atos ilícitos. “Ela foi eleita legitimamente, em eleições limpas e justas pelo povo brasileiro, enfatizou. 

Luta 

Wagner deixou claro que o governo não se furtará à luta para defender o mandato da presidenta, eleita com 54 milhões de votos. 

“De cabeça erguida e empregando todos os meios legais e legítimos disponíveis, nosso governo lutará para demonstrar a fragilidade jurídica dessa manobra irresponsável e inconsequente. Confiamos na independência e na solidez de nossas instituições. O Brasil é maior e mais forte do que Eduardo Cunha”, concluiu o chefe da Casa Civil.

 

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