Delcídio do Amaral teme que falência da CELPA contamine Enersul

“Precisamos encontrar uma solução imediata da Eletrobras e do BNDES e evitar que o problema não afete outras empresas do Grupo Rede”, disse o senador.

Delcídio do Amaral teme que falência da CELPA contamine Enersul

A situação falimentar que se encontra a Centrais Elétricas do Pará S. A. (CELPA), com dívidas estimadas em R$ 3 bilhões e um pedido de recuperação judicial em andamento, tem sido motivo de preocupação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, porque ele teme que a crise financeira possa contaminar outras empresas do Grupo Rede, como a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul). “Precisamos encontrar uma solução imediata da Eletrobras e do BNDES e evitar que o problema não afete outras empresas do Grupo Rede”, afirmou.

Na tarde de quarta-feira (28/03), uma audiência conjunta da CAE com a Comissão de Infraestrutura (CI), solicitada por Delcídio, colocou representantes da empresa, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do governo do Pará e do sindicato dos urbanitários daquele estado para debater como foi possível permitir que a CELPA chegasse a essa delicada situação econômica e financeira. “Os problemas na CELPA não devem ser apenas de administração e gestão, mas acho necessário promovermos mudanças profundas, não apenas a troca de acionistas”, enfatizou.

Delcídio reconhece que a operação da empresa no Pará representa um desafio pelo perfil da região, onde o índice de perda de energia é muito elevado. A CELPA atende 1,7 milhão de unidades consumidoras, mas desde 2004 tem apresentado sucessivas falhas na prestação dos serviços. Além disso, os investimentos realizados corresponderam a somente 27,4% do total previsto pela empresa.

Aliado à situação financeira crítica, a Aneel, recentemente, determinou a abertura de processo administrativo de falência. O senador observa que é preocupante não apenas o atual estágio da dívida da empresa com os credores, mas o fato de que a Eletrobras detém 34% da CELPA.  “Não podemos perder tempo e esse problema não pode afetar as atividades das empresas do Grupo Rede que continuam operando dentro das determinações legais e estabelecidas pela Aneel”, ponderou.

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