Temer mente

Depois da fraude da reforma trabalhista, governo tenta farsa do “golpe de força”

Em desespero, governistas desequilibrados adulteram pedido do presidente da Câmara dos Deputados e irresponsavelmente convocam Forças Armadas para tentar se manter no poder a qualquer custo

Manifestação Brasília

Depois da fraude da reforma trabalhista, governo tenta farsa do “golpe de força”

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em torno de 100 mil pessoas, vindas de todos os estados, realizaram a maior manifestação já registrada em Brasília, para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária e por eleições diretas. A manifestação atendeu à convocação das Centrais Sindicais, dos movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo e das entidades do movimento democrático e social. No início da tarde, parlamentares desceram a rampa do Congresso Nacional para ir ao encontro da manifestação que transcorria de forma pacífica desde o início da manhã.

A manifestação previamente convocada ocorreu após a base governista, no dia anterior, ter fraudado a tramitação do projeto de reforma trabalhista, para atender os interesses do mercado e socorrer o governo Temer, em queda livre. Na Comissão de Assuntos Econômicos e no Plenário do Senado Federal, os parlamentares petistas e da oposição alertaram para a gravidade da medida e suas consequências junto à sociedade. No plenário do Senado Federal, nesta tarde, o senador Renan Calheiros advertiu que o governo não pode agir sob a chantagem de um presidiário, alertando para a completa falta de autoridade do governo.

A manifestação pacífica até o início da tarde, no entanto, sofreu a ação de alguns poucos mascarados infiltrados que promoveram tumulto na Esplanada dos Ministérios, atacando prédios públicos e, no meio da tarde, chegando a invadir e tentar incendiar alguns ministérios. No final da tarde, o Ministro da Justiça, Raul Jungmann, em pronunciamento no Palácio do Planalto, anunciou uma ?? Operação de Garantia da Lei e da Ordem (Op GLO), segundo a fala oficial “a pedido do presidente da Câmara dos Deputados”, Rodrigo Maia. Imediatamente, pressionado pelos deputados, Maia declarou publicamente que havia pedido a convocação da Força Nacional e não das Forças Armadas.

“O que aconteceu de tumulto foi, com certeza, uma intervenção política, não foram os trabalhadores, os sindicalistas, mas infiltraram gente para justificar a adoção de medidas como essa”, denunciou a senadora Gleisi Hoffmann, líder da Bancada do PT no Senado Federal. Por sua vez, o senador Lindbergh Farias disse estranhar “como é que a polícia não vai em cima desses (mascarados) e utiliza uma prática de generalizar, jogar bomba para tudo que é lado”. O argumento legal para o uso dessa medida é “esgotamento dos instrumentos para preservação da ordem pública”, o que não ocorre. Ao contrário, o caso é de absoluta falta de governabilidade.

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