Dilma: o mundo em desenvolvimento tornou-se vital para a economia global

“Foi-se o tempo em que nós éramos parte de uma periferia distante, silenciosa ou calada e problemática”, disse a presidenta.

 

“Nossos continentes têm experimentado nos
últimos anos o dinamismo, com taxas de
crescimento sustentadas, aumento da renda
e redução da pobreza”

A presidenta Dilma Rousseff destacou, nesta sexta-feira (22) a importância do crescimento econômico nos países da América do Sul e da África e o passado comum entre as duas regiões. Dilma participa da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul-África (ASA), em Malambo, na Guiné Equatorial. Na abertura do evento, ela destacou o momento econômico especial dos dois continentes, em contraste com o cenário internacional, que enfrenta uma crise financeira.

“Nossos continentes têm experimentado nos últimos anos o dinamismo, com taxas de crescimento sustentadas, aumento da renda e redução da pobreza. Foi-se o tempo em que nós éramos parte de uma periferia distante, silenciosa ou calada e problemática. O mundo em desenvolvimento tornou-se vital para economia global, e já responde por mais da metade do crescimento econômico e mais de 40% do investimento, em escala mundial”, afirmou.

Dilma também lembrou que o comércio entre os dois continentes cresceu 447% nos últimos dez anos, passando de R$ 7 bilhões, em 2002, para R$ 39 bilhões, em 2011.

A presidenta propôs uma parceria com países africanos, com foco na área educacional, colocando à disposição a Universidade Aberta do Brasil, que já conta com um polo presencial em Moçambique. Ela quer ampliar as parcerias de pesquisa científica e tecnológica, usando as 37 embaixadas no continente para oferecer cursos de português e facilitar a interação. “Quero propor uma parceira na área da formação de professores e gestores para o ensino técnico profissionalizante para a formação de estudantes especialmente do setor agropecuário”, ressaltou.

Dilma falou ainda da parceria comercial e de investimentos entre os dois continentes, que deve ser diversificada e não ficar limitada aos governos, contemplando as empresas. Ela afirmou que vê com bastante interesse a formação de mecanismos de incentivo para que mais companhias, produtos e serviços atuem nos dois continentes. A presidenta também saudou a aprovação do programa para o desenvolvimento de infraestrutura na África, com a execução pelo Banco Africano de Desenvolvimento.

Ela ainda defendeu a candidatura do embaixador Roberto Azevêdo à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a participação do Brasil e de algum país africano como membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Cúpula
A Cúpula América do Sul-África (ASA) representa a consolidação de compromissos baseados na integração sul-americana e no aprofundamento das relações com o Continente Africano. A união entre os países das duas regiões resulta em um grande território com uma diversidade de recursos naturais e biodiversidade, além de uma população de 1,4 bilhão de pessoas.

As economias das regiões somam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 6 trilhões. O intercâmbio comercial entre as duas regiões aumentou no período de 2002 a 2011. Pelos dados do governo brasileiros, o comércio entre o Brasil e a África passou de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.

Com informações das agências de noticias

Foto: Palácio do Planalto

Assista ao discurso da presidenta Dilma Rousseff 
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