Diniz defende profissionais formados na Bolívia no programa Mais Médicos

Diniz defende profissionais formados na Bolívia no programa Mais Médicos

 

Aníbal Diniz também fez um apelo para que os
conselhos regionais de medicina não dificultem
o programa Mais Médicos

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) afirmou que em reunião realizada, nesta segunda-feira (30), com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na qual participaram o governador do Acre, Tião Viana e a secretária estadual de Saúde, Suely Melo, foi apresentada uma sugestão para o Governo Federal aprimorar o Programa Mais Médicos, que consiste em permitir a adesão de médicos brasileiros formados na Bolívia. “Levamos uma reflexão específica a respeito do caso dos brasileiros formados na Bolívia. Os brasileiros que não estão prestando serviços naquele país, logo não iriam desfalcar o serviço de saúde local e, portanto, poderiam contribuir tendo em vista que nós não temos médicos que aceitem ir para as regiões mais isoladas do País”, afirmou.

Diniz reconheceu que o Programa Mais Médicos tem a orientação de não aceitar profissionais de países que tenham uma relação de médicos por mil habitantes igual ou inferior a 1,8. E o Acre, segundo o senador, para atingir essa relação nacional deveria ter 358 novos médicos. “É para atender essas 358 vagas que estamos solicitando ao Ministério da Saúde a permissão para que médicos brasileiros formados na Bolívia possam participar dos editais”, disse.

O senador disse que recebeu com otimismo o posicionamento do ministro Alexandre Padilha que se dispôs, assim que a Medida Provisória do programa for aprovada, cujo prazo é até de 5 de novembro, baixar uma portaria ministerial com essa possibilidade. “No entanto, o ministro Alexandre Padilha colocou duas condições indispensáveis. A primeira é que os médicos tenham o registro do país onde se formaram e, o segundo requisito, é que a faculdade na qual o médico se formou seja reconhecida pelo Mercosul”, afirmou.

Aníbal Diniz também fez um apelo para que os conselhos regionais de medicina não dificultem o programa Mais Médicos, porque inúmeros municípios isolados precisam desses profissionais, já que médicos brasileiros não demonstraram interesse em trabalhar nessas regiões remotas. “Se os conselhos criarem dificuldades, esses profissionais vão gerar só despesa nos municípios e não vão poder atuar. Nesta semana são mais dois mil médicos que estão chegando para reforçar o Programa Mais Médicos, e precisamos da solidariedade, do espírito humanitário dos conselhos regionais de medicina para facilitar a inscrição, o reconhecimento desses profissionais, o registro provisório, para que eles possam prestar serviço em benefício da população, que tanto precisa de cuidados médicos”, enfatizou.

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