Fátima apoia ajuste,mas pede revisão para congelamento de salário de servidor

Fátima apoia ajuste,mas pede revisão para congelamento de salário de servidor

Fátima: “Temos que preservar os programas sociais, os direitos sociais dos trabalhadores e adotar o caminho da ousadia”A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) elogiou, nesta terça-feira (14), o pacote de medidas anunciadas pelo governo federal que visa o reequilíbrio fiscal buscando “aumentar a confiança dos investidores no Brasil”. Com esse pacote, lembrou a senadora, o governo pretende corrigir o déficit fiscal inicialmente previsto de R$ 30,5 bilhões para uma meta superavitária de 0,7% do PIB. Com isso, o governo espera conseguir R$ 64,9 bilhões com o esforço fiscal.

Fátima lembrou que o Brasil tem sentido os efeitos de uma longa crise econômica mundial e que nem Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, passaram imunes a crise. “O principal desafio de economias como a brasileira, em tempos de crise, é se manter competitiva”, disse.

Para ela, na década de 90, investir no Brasil era diversão de um ou outro especulador, já que na época o País não tinha confiança do mercado internacional, nem solidez na indústria. “A economia não é algo estático em que se pode seguir um manual pronto e conseguir tudo o que se quer. Aliás, esse tem sido o discurso de setores da imprensa, que tem ouvido um ou outro economista para reafirmar seu discurso de que o Estado deve ser mínimo e as funções públicas podem ser menosprezadas”, salientou.

A senadora ainda utilizou como exemplo matéria veiculada, nesta manhã, pelo Bom Dia Brasil, da Rede Globo, em que o economista neoliberal Raul Velloso foi ouvido pela reportagem e criticou o pacote anunciado pelo governo, considerado brando pelo economista.

Além de Raul, a senadora destacou que outros representantes da linha neoliberal também confessaram, na imprensa, sua frustração com as medidas anunciadas por não cortarem “na carne dos mais pobres” e dos programas sociais. “Pensamento de economistas como Raul Velloso, representam a voz daqueles, que, com uma visão neoliberal, continuam tentando inviabilizar as conquistas sociais que o PT e seus aliados, o presidente Lula e a presidenta Dilma, nos últimos, ajudamos a implementar”, disse.

Fátima ainda destacou que, a visão apresentada pelo economista, é a mesma daqueles que pregam o golpismo contra a presidenta. “O que se pretende é que as medidas necessárias de ajuste recaiam apenas sobre os trabalhadores. O que incomoda a esses setores é que o pacote começou a mexer no andar de cima. Mesmo de forma tímida começou a mexer naqueles que, como lucram muito, tem condições de ajudar mais para a retomada do crescimento”, salientou.

A senadora também pediu ousadia ao governo para que defenda a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas. Segundo especialistas, disse Fátima, o impacto desse imposto seria de R$ 100 bilhões por ano. “Ele [imposto] tem potencial para cobrir déficits e ajudar o Brasil a se desenvolver muito mais rápido e garantir a ampliação das conquistas sociais”, destacou.

Reajuste dos servidores
Em seu pronunciamento, a senadora ainda pediu “sensibilidade” ao governo federal para que os servidores públicos não sejam penalizados com o adiamento do reajuste salarial que já estava sendo negociado com diversas categorias do serviço público.

“Essa medida é equivocada. Não pode o governo chegar e dizer que só vai pagar o reajuste em agosto. Não podemos fazer economia justamente com o sacrifício dos servidores e dos trabalhadores do País”, disse. “Temos que preservar os programas sociais, os direitos sociais dos trabalhadores e adotar o caminho da ousadia”, disse.

Fátima salientou que o Congresso não será avalista das medidas anunciadas pelo governo, mas pediu serenidade aos colegas parlamentares na discussão para que seja preservado o projeto de desenvolvimento nacional iniciado, em 2003, com geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social e garantia de direitos sociais dos trabalhadores.

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