A ponte que cai

Golpistas aplicaram o “1º de abril” nos brasileiros

Disseram que "ia parar de piorar", mas colocaram o Brasil à deriva, com retração da atividade econômica, redução das vendas, desemprego recorde, ataque aos direitos previdenciários e trabalhistas dos brasileiros
Golpistas aplicaram o “1º de abril” nos brasileiros

Foto: Lula Marques/Agência PT

O desemprego bateu em 13,2% no último trimestre, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira. Com isso, o número de desempregados chegou a 13,5 milhões de brasileiros, atingindo recorde histórico. Em apenas três meses, a política econômica dos golpistas colocou na rua quase 900 mil pessoas e, em apenas um ano, cerca de 2 milhões de pessoas.

“Realmente, o Brasil está à deriva” é a conclusão da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), diante dos dados oficiais divulgados. Para ela, isso é resultado de “um governo fraco, sem projeto de Nação, de desenvolvimento; rechaçado pelo população”. “Um governo que entregou a gestão da economia para o setor financeiro e está acabando com as conquistas sociais”, diz. “Não tem a menor possibilidade de dar certo”, conclui a líder da Bancada do PT no Senado.

Desemprego recorde
O contingente de brasileiros desempregados cresceu 11,7% frente ao trimestre encerrado em novembro de 2016 e 30,6% em relação a igual trimestre de 2016. “Essa foi a maior taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012″, destaca Marcelo Zero, assessor da liderança da Bancada do PT no Senado Federal. Os percentuais acumulados totalizam 4,6 milhão de desempregados.

[blockquote align=”none” author=”Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), líder da Bancada do PT no Senado”]”Um governo que entregou a gestão da economia para o setor financeiro e está acabando com as conquistas sociais não tem a menor possibilidade de dar certo”[/blockquote]

PIB no buraco
O desastre também se revela no Índice de Atividade Econômica do Banco Central divulgado na quinta-feira (30), que voltou a cair em janeiro de 2017. A queda foi de 0,79% em relação mesmo mês do ano anterior e de -4,40% no acumulado dos doze meses anteriores. Espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), o índice aponta que a economia encolheu 4,34% em 2016.

Desmentindo as promessas golpistas de melhoria da economia, trata-se do segundo ano seguido de retração da atividade econômica, de acordo com os dados do Banco Central. No caso de se confirmar a projeção, a queda do PIB em 2016 será a maior desde 1990, quando atingiu -4,35%. O resultado oficial do PIB será divulgado em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Queda nas vendas
De acordo com o IBGE, no mês de janeiro de 2017, o setor de serviços também caiu. Em relação ao mês anterior, apresentou um recuou de 2,2% no volume de serviços prestados. Sem ajuste sazonal, a queda foi de 7,3%, a maior para o mês. Com esses resultados, a taxa acumulada no ano ficou em -7,3% e em 12 meses, -5,2%.

Outro setor duramente atingido é o de vendas do comércio varejista que teve um recuo de 6,2% em 2016. Novamente, é o registro mais acentuado da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2001 pelo IBGE. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo é o mais impactado com uma retração de 3,1%, o pior resultado para o segmento desde 2003, quando caiu 4,8%.

Rombo no Estado
Não bastasse quebrar o setor privado, os golpistas também estão destruindo as finanças públicas. Segundo o BC, divulgados nesta sexta-feira (31), o setor público (União, Estados e municípios) registrou deficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento dos juros da dívida) de R$ 23,5 bilhões em fevereiro. Mais uma vez, repetindo outros indicadores, é o pior resultado para o mês desde 2001, quando começa a série histórica.

rejeição Temer
Imagem: Ibope/CNI


A ponte que cai

No mesmo ritmo da economia, o governo Temer segue ladeira abaixo nas pesquisas de opinião junto à população brasileira. Temer e seu desgoverno têm apenas 10% de aprovação dos brasileiros, contra 86% que consideram o governo regular, ruim ou péssimo. Deste percentual, 55%, ou seja, mais da metade da população rejeita totalmente o governo.

Veja a íntegra da pesquisa

Com informações de Marcelo Zero. 

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