Nenhum direito a menos

Greve internacional: sem as mulheres, o mundo para

Movimento mundial em 43 países quer mostrar tamanho da violência e da desigualdade de gênero
Greve internacional: sem as mulheres, o mundo para

Imagem: Divulgação

Como funcionaria um mundo onde as mulheres simplesmente se recusassem a trabalhar? Para tentar mostrar a dimensão de um mundo onde a força de trabalho feminina simplesmente não existisse, milhares de mulheres sairão às ruas em 43 países nesta quarta-feira (8). No Brasil, haverá manifestações em 21 capitais e outras 40 cidades. A ideia é mostrar a chefes, maridos, pais e machistas em geral como seria um dia no mundo com mulheres de braços cruzados – em casa e no ambiente profissional.

A movimentação promete. Só no Brasil, elas são maioria na população (51,4%) e em postos de trabalho ligados a saúde, educação e alimentação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se elas pararem, o país também para. As mulheres respondem pelo sustento de mais de um terço das famílias brasileiras (37,3%) e ocupam a maioria dos postos de trabalho em entidades sem fins lucrativos (55,1%), órgãos da administração pública (58,9%), saúde e serviços sociais (73,3%), educação (66,6%) e alimentação (57,6%).

A página 8M Brasil na rede social Facebook organiza o movimento no Brasil. Na manhã desta segunda-feira (06), quase dez mil curtidas. Na página do evento, 3,7 mil mulheres afirmam que comparecerão aos eventos marcados para suas cidades. O jornal mineiro O Tempo  entrevistou a administradora do perfil, Mariana Bastos. Ela disse que o evento mundial servirá como protesto e denúncia a todas as formas de violência e abusos contra as mulheres: o feminicídio, a desigualdade, a exploração no trabalho e na economia e a desumanização feminina.

Mariana contou à repórter Litza Mattos que a a ideia foi inspirada diretamente no Dia de Folga das Mulheres, realizado em 1975 na Islândia, quando 90% delas se recusaram a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia para pedir mais igualdade de salários e de direitos.

A ação é vista como uma forma de repolitizar o Dia da Mulher e fortalecer o movimento feminista. No Brasil, os dois focos do movimento são a reforma da Previdência e o combate à violência de gênero

Veja onde acontecem as manifestações em algumas das principais cidades do País:

São Paulo  –Praça da Sé, centro de São Paulo, a partir das 15h.

Rio de Janeiro – Candelária às 16h.

Brasília (DF)- Museu Nacional da República às 16h.

Belém (PA)- Largo do Redondo às 8h.

Fortaleza (CE)-Praça da Imprensa a partir das 8h

Recife (PE)- Parque 13 de Maio às 14h.

Salvador (BA)- Praça da Piedade às 13h.

Curitiba (PR)- Praça Santos Andrade às 17h.

Porto Alegre (RS)-Esquina Democrática às 17h.

Reprodução autorizada mediante citação do site PT no Senado

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