Inflação oficial tem menor resultado desde setembro de 2010

Segundo IBGE, a inflação desacelerou para 0,36% em maio. No ano, a taxa acumula alta de 2,24%. E, em 12 meses, o IPCA acumulou alta de 4,99%.

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país usada como base para as metas do governo, desacelerou de 0,64% em abril para 0,36% em maio, conforme informou, nesta quarta-feira (06/06), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a taxa acumula alta de 2,24% e, em 12 meses, de 4,99% – “o resultado mais baixo desde setembro de 2010 (4,70%)”, segundo a pesquisa. Em maio de 2011, a taxa havia ficado em 0,47%.

O cigarro foi um dos itens que exerceram influência na desaceleração do IPCA de um mês para o outro. A variação de preços passou de 15,04% para 4,64%. “Este resultado refletiu aumentos praticados em abril combinados com recuos nos novos preços ocorridos em maio”, citou o IBGE, em nota. Seguiram o mesmo comportamento os preços dos empregados domésticos. Enquanto em abril, a variação de preços havia sido de 1,86%, em maio, foi de 0,66%.

Por conta desses preços, entre os grupos de gastos pesquisados pelo IBGE, o de despesas pessoais mostrou desaceleração da taxa de 2,23% em abril, a maior registrada no mês anterior, para 0,60%, em maio.

No grupo de gastos com saúde e cuidados pessoais, cuja taxa passou de 0,96% para 0,66%, os principais responsáveis pelo recuo foram os remédios. A alta de preços foi reduzida de 1,58% em abril para 0,98% no mês seguinte, “refletindo parte do reajuste vigente desde 31 de março”.

Outro grupo de gastos analisados pelo IBGE, o de despesas com comunicação, mostrou queda de 0,19%. Em abril, havia registrado alta de 0,46%. O item telefone fixo, que integra esse grupo de gastos, caiu 1,40% após subir 0,57% no mês anterior. O aumento de preços das contas de telefone celular perdeu força, passando de 1,00% para 0,62%.

As despesas do grupo transporte, outro grupo de gastos, também tiveram seus preços reduzidos, de uma alta de 0,10% para um recuo de 0,58%. O principal impacto individual partiu das tarifas das passagens aéreas, que caíram 10,85%.

A variação de preços de despesas com habitação teve alta de 0,80%, o mesmo resultado do mês anterior. O destaque ficou com energia (de 0,46% em abril para 0,72% em maio). Também exerceram influência os preços de aluguel residencial (de 0,82% em abril para 0,63% em maio), condomínio (de 1,01% para 0,47%), artigos de limpeza (de 1,38% para 0,20%) e gás de botijão (de 0,65% para 0,13%).

Neste mês, o grupo de gastos analisados que apresentou o resultado mais alto foi o de vestuário, ainda que a alta de preços tenha perdido força, de 0,98% em abril para 0,89%.

Nas regiões
Entre os índices regionais, o maior foi verificado em Salvador (0,72%) e os menores partiram de Brasília (0,06%) e do Rio de Janeiro (0,07%).

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado com o IPCA, variou 0,55% em maio, abaixo do resultado de 0,64% de abril. No ano, o indicador tem alta de 2,29% e, em 12 meses, de 4,86%. Em maio de 2011, o INPC havia ficado em 0,57%.

 

G1.com

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