Investimento externo de 2010 é o maior desde 1947

O ingresso de investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira – os chamados investimentos produtivos, não especulatórios – alcançou US$ 50,4 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano. Trata-se do maior montante já alcançado, desde 1947 – quando o Banco Central (BC) começou a monitorar esse fluxo de capitais.

A marca deste ano supera o valor investido por estrangeiros durante todo o ano passado, que foi de US$ 48,4 bilhões.

De acordo com o BC, o resultado alcançado neste ano é 123% maior do que o do mesmo período do ano passado – quando o ingresso atingiu US$ 22,55 bilhões.
O recorde para os investimentos estrangeiros diretos neste ano já estava sendo previsto pelo BC há vários meses. A expectativa para todo o ano de 2011 é de ingresso de US$ 60 bilhões. Esse crescimento está relacionado, principalmente, pelo desempenho da atividade econômica do Brasil neste ano.  “O ingresso de investimentos se deve à perspectiva de crescimento sustentado da economia brasileira. Esperamos que estes fluxos continuem. Também estão relacionados com eventos esportivos e com a exploração do pré-sal”, avaliou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.

Déficit das contas externas
Os dados do Banco Central mostram que o déficit em transações correntes, um dos principais indicadores das contas externas, está estável neste ano. Segundo a autoridade monetária, o resultado negativo da conta corrente somou US$ 35,98 bilhões de janeiro a setembro de 2011 – praticamente o mesmo valor de igual período do ano passado (US$ 35,36 bilhões). Para todo este ano, a estimativa do BC é de um déficit das contas externas de US$ 54 bilhões.
As contas externas são compostas pela balança comercial, pela conta de serviços (viagens internacionais, seguros, pagamento de ‘royalties’ e licenças e aluguel de equipamentos, entre outros) e pelas rendas (juros, lucros e dividendos).
Nos nove primeiros meses deste ano, a balança comercial registrou um superávit (exportações maiores do que importações) de US$ 23 bilhões. Entretanto, este saldo positivo foi compensados pelos déficits de US$ 27,8 bilhões da conta de serviços e de US$ 33,3 bilhões da conta de rendas.

(Com informações das agências)

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