Jorge Viana articula solução para acabar com os apagões no Acre

Jorge Viana articula solução para acabar com os apagões no Acre

Jorge: “Precisamos que as autoridades deem as explicações para a população, lá no estado”O senador Jorge Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente do Senado, entre várias causas que defende, abraçou nos últimos meses duas que são espinhosas e que fazem parte do dia-a-dia da população acriana e da Região Norte. A primeira é solucionar o problema da instabilidade no sistema de fornecimento de energia elétrica em Rio Branco e nas cidades do entorno. A segunda é buscar alternativas para que os preços das passagens aéreas para a região sejam reduzidos porque, hoje, literalmente, está mais barato sair de Brasília para os Estados Unidos do que ir para a capital do estado.

Na questão do fornecimento de energia elétrica, Jorge Viana e outros parlamentares da bancada do Acre se reuniram com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. O resultado da reunião foi a determinação para que a Eletrobras resolva imediatamente o funcionamento da Termonorte, uma usina termelétrica que fica em Porto Velho (RO) e que as agências reguladoras e o Operador Nacional do Sistema façam uma avaliação precisa para detectar o problema que afeta a população. Segundo o ministro, o problema, necessariamente, não é a falta de energia, mas na transmissão.

Viana contabilizou que nos últimos trinta dias aconteceram sete apagões no Acre, alguns com duração de cinco horas para o restabelecer o fornecimento de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou ontem que os consumidores receberam R$ 180 milhões em compensação por interrupção do fornecimento no primeiro semestre de 2015. Na região Norte mais de 1,1 milhão de consumidores foram compensados. O valor foi de R$ 6,9 milhões.

“O sistema (de transmissão) lê o Acre e Rondônia como consumidores, importadores de energia, porque se manda energia para cá e depois ela volta pelo sistema interligado. Eu não sei se a população está conseguindo entender. Fizeram a interligação até Rio Branco, Xapuri, Brasiléia, Sena Madureira. A energia que sai de Rondônia vai direto, numa linha de transmissão, para Araraquara, São Paulo, e depois ela volta. Uma parte dela vem pelo Mato Grosso e volta para Rondônia”, explicou Jorge sobre a energia que é gerada pelas usinas Jirau e Santo Antônio em Rondônia.

“A tipificação que ouvi, nas planilhas que apresentaram, é de que nós somos importadores de energia. É uma situação vexatória. Sempre defendi que o Acre, Rondônia, o Amazonas fossem sócios dessas usinas, com 1 ou 2%, na parte dos 49%, que é público”, afirmou. O senador propôs que uma audiência pública seja realizada na assembleia legislativa estadual, para que a população possa participar e entender o que está acontecendo, inclusive para onde recorrer para restabelecer seus prejuízos.

Quanto à questão das passagens aéreas para o Acre, de qualquer localidade do Brasil, Jorge Viana relatou que, junto de outros parlamentares, participou de reunião com os responsáveis pela direção das empresas aéreas. De Brasília para o Acre, apenas Gol e TAM operam linhas regulares, embora em horários críticos e cobram preços elevadíssimos, até mesmo exigem que as pessoas utilizem milhares em torno de 30 e 35 mil pontos. Na audiência que teve nesta quinta-feira, os donos da empresa mostraram surpresa. Mas há no Senado a sinalização de que o monopólio poderá ser quebrado.  

Marcello Antunes

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