Jorge Viana volta a defender reforma política

 “Apesar dos avanços da nossa democracia, aqui o Congresso Nacional, poucas vezes, esteve tão desprestigiado como agora”

Senador do PT do Acre diz que a
prerrogativa é do Legislativo

O Congresso Nacional precisa fazer de 2013 o ano da reforma política. A proposta é do senador Jorge Viana (PT-AC), que subiu nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, à tribuna do Senado para defender uma reforma política. “No Brasil e no mundo a política está em baixa. Apesar dos avanços da nossa democracia, aqui o Congresso Nacional, poucas vezes, esteve tão desprestigiado como agora”, disse o vice-presidente do Senado. Ele comentou que a responsabilidade disso, em boa parte, é do próprio parlamento.

Ele pediu a transcrição nos anais do Senado do artigo do governador Tarso Genro “O Congresso deve revidar”, que cobra do Legislativo uma reação para sair da crise de representatividade, votando a reforma política. “Ele propõe que o enfrentamento seja com o Senado, com o Congresso, melhor dizendo, fazendo a sua parte”, comentou o senador. “A reforma política não depende de outros poderes; ela é prerrogativa do Congresso. E, sem reforma política, nós, lamentavelmente – esta é a minha constatação –, não vamos resgatar o prestígio perdido do Parlamento brasileiro”.

O governador do Rio Grande do Sul, em artigo publicado na Folha de S.Paulo, escreve: “Por que o Senado não assume uma reação de alto nível e mais profunda à Procuradoria e ao próprio Supremo Tribunal Federal e vota uma reforma política, valorizando o Parlamento, fortalecendo os partidos e os processos eleitorais?”

Jorge disse na tribuna que o Legislativo enfrenta um momento delicado. “Estamos vivendo uma situação em que o processo de judicialização é real e as eleições não têm fim. Estamos vivendo uma situação que alguns chamam de politização do Judiciário. Acho que, se há um culpado por essa situação, é o Parlamento”, comentou o parlamentar.

Ele voltou a defender o financiamento público de campanha. “Não teremos sucesso se a reforma política não tratar, por exemplo, do fortalecimento dos partidos, se não tratar do financiamento de campanha. Boa parte do financiamento de campanha hoje já é público. Só não é assumido como público, mas é público. E nós precisamos valorizar o voto, dar transparência ao voto. E enquanto tivermos o poderio econômico decidindo eleição no nosso país, não vamos ter igualdade para todos os candidatos”, disse.

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