Mais sete estados devem inaugurar Comissão da Verdade

No dia 1º de março, a Assembleia Legislativa de São Paulo realizou a primeira reunião da Comissão da Verdade, que tem como presidente o deputado petista Adriano Diogo. A iniciativa inaugura um movimento que deve resultar em pelo menos mais sete comissões regionais espalhadas por todo o país, com o mesmo objetivo: reunir e analisar documentos e relatos sobre as violações dos direitos humanos na época da ditadura militar.

Essas comissões regionais também vão contribuir para as ações da Comissão Nacional da Verdade, criada no governo Dilma Rousseff e em fase de implementação. “Precisamos de Comissões nas Assembleias Legislativas, nos estados e em alguns casos, nas próprias Câmaras Municipais. Porque o somatório desse esforço de recuperar a memória e de escrever a história é fundamental para que nós possamos avançar no regime democrático e no fortalecimento do Estado de Direito democrático”, afirmou Gilney Viana, ex-preso político, que hoje coordena o projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Viana ressaltou a importância da Comissão da Verdade, batizada de Rubens Paiva (ex-deputado estadual paulista e desaparecido político), instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo. Viana acredita que a iniciativa vai, em breve, se repetir em outros estados.

“No Rio de Janeiro, onde foi assassinado o Rubens Paiva, também vai ser inaugurada a Comissão da Verdade na Assembleia Legislativa. E tudo indica que vai ocorrer o mesmo no Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, Pernambuco, e no Pará. Isso é muito bom porque você tem várias iniciativas que investigam os casos regionais, ou casos paradigmáticos, como é o caso do Rubens Paiva, e oferecem essa contribuição à Comissão da Verdade Nacional que vai produzir um relatório oficial do Estado brasileiro sobre o período da ditadura”, afirmou.

Portal do PT

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