Multas à mineradora Samarco podem chegar a R$ 100 milhões, segundo o Ibama

Multas à mineradora Samarco podem chegar a R$ 100 milhões, segundo o Ibama

Presidenta Dilma sobrevoou a região atingida pela enxurrada de lama hoje pela manhãO Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multas de R$ 100 milhões à mineradora Samarco, disse, nesta quinta-feira (12), a presidente do órgão, Marilene Ramos. 

A empresa é responsável pelas barragens Fundão e Santarém, que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que inundou casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). 

Na manhã dessa quinta-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff sobrevoou a região atingida pelo rompimento das barragens. A lama de rejeitos que transbordou das barragens atingiu várias cidades mineiras e chegou agora ao Espírito Santo. 

A presidenta saiu de Brasília por volta de 8h45 e chegou a Belo Horizonte cerca de uma hora depois, onde se encontrou com o governador do estado, Fernando Pimentel, e posteriormente seguiu de helicóptero para sobrevoar os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu, na região de Mariana. 

Logo depois, tem compromissos em Governador Valadares, onde a captação de água para o abastecimento da população está suspensa por causa da onda de lama que inundou o Rio Doce. Por fim, agenda em Colatina, no Espírito Santo, onde participa de reunião com o governador do estado, Paulo Hartung. 

Duas multas

No total, o Ibama aplicará à Samarco duas multas: uma de R$ 50 milhões, pelo lançamento de rejeitos em rios próximos em decorrência do rompimento das barragens; e outra – no mesmo valor – em razão dos prejuízos causados à biodiversidade. 

Segundo Marilene Ramos, o Ibama continua analisando a situação ambiental da área atingida pelo desastre. De acordo com o Ibama, o rompimento das barragens lançou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos em áreas vizinhas. 

Marilene Ramos informou que, nos testes realizados até o momento, foram verificadas alterações nos padrões de qualidade da água em rios próximos, inclusive no Rio Doce, que passa pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo (ES). Para a presidente do Ibama, as alterações de qualidade não significam, porém, a presença de substância tóxica na água. 

O Corpo de Bombeiros informou que, até o momento, seis mortes foram confirmadas em razão do rompimento das barragens. Dois outros corpos foram encontrados e aguardam identificação. 

Com informações da Agência Brasil e do Portal Brasil 

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