Paim, da tribuna, homenageia os trabalhadores rurais

Senador citou data que celebra a categoria e fez referência a reivindicações do O Grito da Terra

Paim, da tribuna, homenageia os trabalhadores rurais

 

Senador Paim lembrou, em
discurso, do Dia do Trabalhador
Rural

O senador Paulo Paim (PT-RS) fez discurso na manhã desta sexta-feira (23) no plenário para homenagear os trabalhadores rurais. “O Brasil comemora no domingo (25) o Dia do Trabalhador Rural, o homem e a mulher na luta diária, com calos nas mãos, corpo envergado, sonhos na mente e um olhar sempre em frente, buscando o desenvolvimento do País para fazer que a alimentação chegue à mesa de toda nossa gente. São mais de 16 milhões de homens e mulheres que estão lá, na área rural”, disse ele.

Entre os últimos diass 12 e 22, em Brasília, houve a 20ª edição do O Grito da Terra, a principal ação de massa a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O evento resultou em pauta de reivindicação com 23 itens, dos quais Paim destacou uma das principais bandeiras: a reforma agrária.

O senador observou que a reforma agrária tem de ser feita sobre a terra não produtiva, mas é necessário discutir a terra que fica só para a especulação. “Às vezes a gente fala de reforma agrária e alguns se assustam. Não têm que se assustar com a reforma agrária, porque ela aconteceu na maioria dos países do mundo. Todos têm que ter o direito a seu pedaço de terra”, afirmou.

O caminho, para o senador, é que as indenizações sejam justas e de acordo com o valor real das benfeitorias, que possibilite à pessoa adquirir um pedaço de terra em outra região. “Com isso, ninguém perde. E o Estado, que foi responsável, na verdade, por criar o conflito, vai responder pelo que fez indenizando a preço real e justo, inclusive as benfeitorias”, disse.

Paim destacou que o Grito da Terra aborda interesses do meio ambiente, da defesa da água, das florestas e dos rios. A defesa do meio ambiente é fundamental, segundo ele, para a vida de todos. Em relação à valorização da juventude e da sucessão rural, o senador defendeu a necessidade de existir uma política de incentivo para que a juventude não venha para os grandes centros, deixando o campo, a área rural, a produção – porque na cidade não há incentivo para ficar ali.

“Eu tenho muito carinho por aquela juventude que está ficando no campo. Porque houve um período em que não havia nenhum tipo de incentivo, e o que a juventude rural fazia? Deixava os avós, os pais, e se mandava para a cidade, muitas vezes, para morar em favelas, em periferia, aumentando o cinturão de miséria”, observou.

O senador entende que os jovens devem ter a opção de vir para a cidade ou não, embora seja fundamental a existência nas áreas rurais de escolas técnicas, universidades, que a área de saúde tenha qualidade e as estradas ofereçam a infraestrutura adequada para o produtor rural poder escoar sua produção.

Logo no início do seu discurso na tribuna do Senado na manhã desta sexta-feira, o senador Paim avisou que, devido à necessidade da leitura dos textos de cinco medidas provisórias (MP) que perderão validade na semana que vem e que, portanto, precisam ser votadas, ficaria o tempo necessário na sessão aguardando o envio dos documentos pela Câmara.

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