Paim pede ‘devolução’ do Ministério da Previdência aos trabalhadores

Paim pede ‘devolução’ do Ministério da Previdência aos trabalhadores

Paim: como eles [manifestantes] dizem, a Previdência é nossa, não é do governo. Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoO senador Paulo Paim (PT-RS) registrou, em discurso ao plenário nessa quinta-feira (16), a ocupação de mais de 100 postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nas duas últimas semanas. Os manifestantes – entre eles, servidores públicos, aposentados e estudantes – exigem a volta do Ministério da Previdência Social, que foi desmembrado pelo governo interino.

Os ocupantes das agências do INSS exigem a volta da pasta da Previdência e não aceitam as propostas de reforma da Previdência e reforma trabalhista.

“Ao longo desses meus 30 anos aqui no parlamento, eu já discuti, interpelei e questionei todos os ex-presidentes da República, mas nunca pensei que eu teria que, um dia, vir à tribuna interpelar, questionar e exigir que o atual presidente revogue a decisão que ele tomou e devolva aos trabalhadores o Ministério da Previdência”, lamentou Paim.

“Como eles [manifestantes] dizem, a Previdência é nossa, não é do governo. O governo é o gestor, simplesmente”, disse.

Um dos principais problemas é que a gestão golpista passou a política de previdência para o Ministério da Fazenda, o que pode significar a redução dos proventos de aposentadoria e o fim do sistema fechado de previdência complementar.

Desenvolvimento Agrário

Outro grupo que também exige a volta do Ministério da Previdência é o dos trabalhadores rurais – que se manifesta também em favor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), outro órgão extinto pelo governo interino. Na quinta, cerca de dez mil manifestantes liderados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) tomaram as ruas de Brasília, ocupando o prédio do Ministério da Fazenda e também o prédio do antigo MDA. 

Os trabalhadores rurais cobram a definição de políticas habitacionais no campo e a própria reforma agrária. “Da mesma forma, também são contra, repito, o anúncio, como está na Ponte para o Futuro – que eu chamo Ponte para o Precipício –, da dita reforma trabalhista e previdenciária”, explicou Paim.

 

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