Paim defende que ex-gestores participem de solução para crise no RS

Paim defende que ex-gestores participem de solução para crise no RS

Paulo Paim: Temos de ter um olhar clínico no RS. Fiscalizar isenções fiscais, aumento de imposto, privatizações, retirada de direito dos trabalhadoresO Rio Grande Sul vive uma crise sem precedentes históricos em suas finanças, o que levou o governo local a anunciar o pagamente parcelado, em três vezes, dos salários dos servidores que recebem mais de R$ 2.150 mensais. Em protesto, cerca de 40 categorias entraram em greve, gerando uma paralisia na máquina pública. E até o dia 18, a conjuntura pode piorar: há uma greve geral prevista. A situação preocupa o senador Paulo Paim (PT-RS), que saiu em defesa dos trabalhadores em seu discurso desta quarta-feira (5) no plenário do Senado. Para ele, o governo gaúcho deveria abrir diálogo com gestores anteriores do Estado para construir uma solução.

“Se eu fosse o governador [Ivo] Sartori, decretaria estado de emergência. Eu convocaria, no mínimo, os últimos cinco ex-governadores e secretários da Fazenda, as cinco maiores organizações de empresários e trabalhadores, para uma boa conversa. Porque essa visão de ficar só dizendo quem é oposição e quem é situação mata o potencial do Estado, castra sonhos e esperanças de gerações”, sugeriu o senador petista, após observar que os governos anteriores também tiveram dificuldades, mas que a máquina nunca parou, como acontece neste momento.

Segundo o atual governo do RS, o estado precisa de mais R$ 5,4 bilhões no orçamento para manter os compromissos em dia.  Enquanto isso, salientou Paulo Paim, a sonegação do ICMS no estado chega a R$ 7 bilhões, conforme dados do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

Além do combate à sonegação, Paim afirmou ser necessário enfrentar a corrupção, fazer a cobrança de valores devidos ao governo estadual e a renegociação da dívida gaúcha com a União. Já existe uma lei que trata dessa renegociação e muda o indexador que corrige as dívidas estaduais, mas ela ainda não está sendo aplicada pelo governo federal, reclamou o senador.

“Que haja a devida renegociação da dívida do estado, que de fato é uma dívida impagável. Já pagamos toda a dívida e ainda estamos devendo mais de R$ 15 bilhões além do que já pagamos”, destacou.

“Temos que ter muita atenção com o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Um olhar clínico, fiscalizador sobre isenções fiscais para evitar aumento de imposto, privatizações, retirada de direito dos trabalhadores, reforma previdenciária, enxugamento da máquina pública, sem nenhum critério”, completou o parlamentar.

Leia mais:

Paim presta solidariedade a servidores que tiveram salários parcelados

 

 

To top