Humberto: Senado tem responsabilidade histórica de corrigir erro contra Dilma

Humberto: Senado tem responsabilidade histórica de corrigir erro contra Dilma

Humberto: quem tem eleição na cabeça é o presidente interino Michel Temer, que, mesmo ficha suja, já está trabalhando pela própria recondução, golpeando, também, muitos dos que o ajudaram a entrar no Planalto pela porta dos fundosO senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou, nesta quarta-feira (3), que o Senado tem a responsabilidade histórica de corrigir o erro que se avizinha: a retirada da Presidência da República de uma mulher que não cometeu crime algum de responsabilidade. Durante o afastamento da presidenta democraticamente eleita, Humberto explicou que os parlamentares tiveram a oportunidade de analisar com mais profundidade as acusações. “Dilma Rousseff não cometeu qualquer crime de responsabilidade. E, sem crime, impeachment não existe. Se houver, é golpe”, disse.

Para ele, o relatório apresentado pelo senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão Especial do Impeachment não apresenta nenhuma novidade ao recomendar o prosseguimento do processo de cassação da presidenta da República. Ainda segundo Humberto, não deve ser fácil para Anastasia cumprir o papel de corromper a Constituição e de ignorar fatos para cumprir um objetivo que trucida a democracia ao submeter o Estado de direito às vontades políticas de um grupo.

Humberto lembra que a auditoria independente do Senado isentou a presidenta das chamadas pedaladas e o Ministério Público Federal mandou arquivar as acusações de crime que fizeram contra Dilma, alegando que não houve dolo, por parte da presidenta, em qualquer ato praticado. “Mas, aqui no Senado, se fez ouvidos moucos a tudo isso para que o processo prosseguisse à revelia da verdade, mesmo com o Brasil sendo reiteradamente diminuído por governos, jornalistas, intelectuais e analistas estrangeiros, que enxergam com clareza o golpe parlamentar que está em curso”, destacou.

Humberto afirmou ainda que o Brasil é maior do que qualquer partido, é maior do que qualquer governo e quem tem a eleição na cabeça não é o PT nem Dilma, que foi reeleita pela vontade da maioria dos brasileiros em 2014 e não disputa eleição daqui a dois anos. “Quem tem eleição na cabeça é o presidente interino Michel Temer, que, mesmo ficha suja e impedido de se candidatar, já está trabalhando pela própria recondução ao cargo, golpeando, também, muitos dos que o ajudaram a entrar no Planalto pela porta dos fundos, imaginando que poderiam suceder, em 2018, esse golpista-geral da República. O que está em jogo aqui não é uma questão meramente eleitoral”, enfatizou.

A defesa da Constituição, da soberania popular, das instituições e da própria ordem democrática, segundo Humberto, é que estão ameaçadas pelo golpe articulado em torno de interesses pessoais e partidários, em absoluto desapreço pelo Brasil e pelo Estado de direito. “O Senado tem o dever moral, republicano e constitucional de defender a democracia e de dizer ‘não’ a esse golpe urdido contra o povo brasileiro”, concluiu.

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