Pesquisa da UFMG mostra que maioria dos atendidos dá nota 10 ao programa

Pesquisa da UFMG mostra que maioria dos atendidos dá nota 10 ao programa

Mais Médicos: na comparação com quadro anterior ao programa, 84% acham que o atendimento melhorou muito; 83% apontam melhora na duração da consulta e 81% acreditam que o profissional conhece mais os problemas de saúde do que os médicos anteriores

O programa Mais Médicos, implantado a duras penas pelo governo da presidenta Dilma, sofrendo, de um lado, oposição feroz das corporações médicas e, de outro, críticas e condenações da mídia monopolizante, ao final, está sendo aprovado por quem realmente interessa. Segundo pesquisa do Grupo de Opinião Pública, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais, a população que está sendo atendida pelos médicos brasileiros e de outros países que se incorporaram ao programa do governo do PT aprova com folga a o Mais Médicos.

Na média, os usuários dão nota nove ao programa. Comparando com o período anterior à chegada dos médicos do programa, 84% acham que o atendimento melhorou muito; 83% apontam melhora na duração da consulta e 81% acreditam que o profissional conhece mais os problemas de saúde do que os médicos anteriores.

Encomendado pelo Ministério da Saúde, o estudo aponta ainda que, diferentemente do que pensavam os que são contra o programa, a maioria dos pacientes atendidos pelos médicos estrangeiros não sentiu dificuldades na comunicação. Os dados apontam que 84% não tiveram dificuldades de entendimento e que apenas 2% sentiram muita dificuldade.

Para Helcimara Telles, coordenadora da pesquisa, o que faz com que o programa seja bem avaliado é o atendimento médico. ”Mesmo que a infraestrutura da Unidade Básica de Saúde não seja muito boa, quando o atendimento médico é bom isso repercute bem na avaliação do programa”, explicou.

Para a coordenadora, essa satisfação pode estar ligada à experiência dos médicos, já que 63% dos profissionais têm mais de dez anos de experiência, principalmente na atenção básica.

O perfil do usuário mostra que a maioria (80%) dos pacientes são mulheres, com filhos, renda de até dois salários mínimos e que 40% recebem Bolsa Família. “Isso mostra que o programa está atendendo o público alvo”, observou Helcimara.

Os resultados da pesquisa foram apresentados durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Goiânia. As entrevistas foram feitas em Unidades Básicas de Saúde de 700 municípios de todas as regiões do País entre 17 de novembro e 23 de dezembro de 2014. A margem de erro é 1%.

Para a doutora em saúde pública e professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lígia Bahia, o programa cumpriu um papel importante no atendimento em áreas carentes.

“Ele não muda a estrutura do sistema público de saúde, mas ele foi capaz de levar assistência a uma parcela da população que não tinha”, avalia a pesquisadora.

Ela destaca que os médicos cubanos são muito experientes e bons e que isso pode ter levado à avaliação tão positiva dos pacientes. No entanto, Lígia contesta o modelo de dar uma nota ao programa.

“Uma nota resumo não é um método adequado para uma pesquisa de satisfação do usuário”, opinou.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

 

 

To top