Pimentel aponta contradições sobre venda da casa de Perillo

Autor do requerimento para convocação do empresário Walter Paulo Santiago à CPMI do Cachoeira, o líder do Governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT-CE), não se contentou com os esclarecimentos do depoente na manhã desta terça-feira (05/06). “O governador Marconi Perillo diz que vendeu a casa para o senhor, mas o senhor Wladimir Garcez diz que quem vendeu foi ele. E então?, questionou. Ouviu o dono da Faculdade Projeção dizer que, até onde ele sabia, havia comprado a casa de Perillo.

Walter Paulo repetiu diversas vezes que ele mesmo entregou o dinheiro ao que imaginava serem os “representantes do governador”: o ex-vereador Wladimir Garcez e o assessor Lúcio Fiúza. “Eu fui armazenando o dinheiro em casa e depois entreguei para eles”, alegou o empresário.

Pimentel questionou, então, se Fiúza havia mostrado algum documento para comprovar que trabalhava com o governador. O depoente disse que o único documento que ele apresentou era uma carteira de identidade. O senador não se conteve: “O senhor não sabia se esse Fiúza representava mesmo o governador e mesmo assim entregou R$ 1,4 milhão em dinheiro para ele”?

Walter Paulo diz que acreditou na palavra dos emissários de Perillo e fez o negócio em nome da empresa Mestra, mas não conseguiu explicar porque a escritura do imóvel, que fica em Goiânia, foi lavrada num cartório no município de Trindade, que fica a 24 km. “Não sou eu o responsável por assinar escrituras”, esquivou-se.

Giselle Chassot

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