Pinheiro comemora bons resultados da economia brasileira

Enquanto o mundo se debate para enfrentar uma grande crise econômica mundial, o Brasil consegue “semear e colher bons frutos em meio ao deserto”. Esse foi o tom do pronunciamento do líder do PT no Senado, Walter Pinheiro nesta quinta-feira (22/03)

Munido de pesquisas e dados econômicos revelados pelo IBGE , Cetelem e IDV, o líder mostrou que a tempestade internacional chegou ao Brasil com muito menor força e causando muito menos dados que os profetizados por alarmistas. Os empregos estão em alta, é cada vez maior o número de brasileiros que passaram para a chamada “Classe C” e a população tem cada vez mais acessos a bens duráveis, como eletrodomésticos da linha branca.

De acordo com os números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego de fevereiro no Brasil foi de 5,7%. 

“Embora seja ligeiramente maior que os 5,5% registrados em janeiro, essa taxa é a menor para o mês em dez anos, de acordo com a série histórica que vem sendo apurada desde março de 2002”, destacou Pinheiro.

Ele lembrou que, em fevereiro, a população desocupada era de 1,4 milhão de pessoas, número considerado estável na relação com janeiro (1,3 milhão). Quando comparada com fevereiro do ano passado, a redução foi de 8,6% (menos 130 mil pessoas).

De acordo com os dados da pesquisa, a população ocupada no mês era de 22,6 milhões e não variou em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2011, houve aumento de 1,9%, o que significa mais 428 mil empregos no intervalo de 12 meses.  O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 11,2 milhões, estável em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2011, houve uma elevação de 5,4%, o que representou um adicional de 578 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano.

O líder destacou que além dos números fortemente positivos relacionados ao emprego dos brasileiros, o IBGE informou que o rendimento médio real dos ocupados (descontada a inflação) atingiu o nível mais alto da série histórica, com remuneração de R$ 1.699,70, subindo 1,2% em comparação com janeiro. Frente a fevereiro do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 4,4%.

A massa de rendimento real dos ocupados foi de R$ 38,7 bilhões, crescendo 1,6% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2011, a massa cresceu 5,8% e, na comparação com janeiro, o rendimento cresceu 1,2%, enquanto a alta foi de 4,4% na relação com o mesmo mês de 2011. 

De acordo com o IBGE, o principal motivo para o rendimento médio real recorde foi a alta do salário mínimo, que subiu 14% no início deste ano, de R$ 545 para R$ 622.

“Todas as seis regiões avaliadas pelo IBGE tiveram aumento no rendimento em fevereiro frente ao verificado um ano antes. Esse crescimento está, segundo o IBGE, alinhado com o movimento de melhora da economia brasileira”, comemorou o senador baiano.

Crescimento da Classe C
Outra pesquisa divulgada simultaneamente nesta quinta-feira, pela Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas em parceria com o instituto Ipsos, mostra que a classe C continuou a crescer no Brasil em 2011 e sua participação no total da população brasileira foi de 54% no ano passado.

De acordo com a pesquisa a classe C recebeu 2,7 milhões de brasileiros em 2011, vindos da classe DE. Hoje, 103 milhões de pessoas fazem parte dessa classe social.  A classe DE, por sua vez, encolheu no ano passado, representando 24% da população, num total de 45,2 milhões de brasileiros. Em 2010, eram 47,9 milhões de pessoas, ou 25% da população

De acordo com pesquisa divulgada também nesta quinta-feira pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), as vendas de eletrodomésticos da linha branca tiveram aumento de 22,63%, em média, entre dezembro e fevereiro na comparação com o mesmo período no ano anterior.

As vendas de geladeiras, fogões, lavadoras e tanquinhos foram incrementadas pela redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 1º de dezembro. Se não tivesse ocorrido a redução do IPI, esse aumento ficaria entre 7% e 10%, diz a instituição.

“Como vemos, apesar das intempéries da economia internacional e da pressão que exerce sobre a economia brasileira, em meio a toda essa tempestade a equipe econômica do governo da Presidenta Dilma está sabendo conduzir a embarcação, com segurança e a um porto seguro”, resumiu o líder. Segundo ele, essa situação poderá melhorar mais ainda, à medida que o setor privado elimine suas dúvidas sobre a condução da economia e passe a fazer maiores investimentos no País.

Giselle Chassot

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