Processo de impeachment é movido por ódio e preconceito, diz Lula

Processo de impeachment é movido por ódio e preconceito, diz Lula

Lula: para recolocar o trem de volta nos trilhos a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado via impeachmentA iniciativa golpista encampada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é movida por ódio e inveja. Essa é a opinião do ex-presidente Lula, que criticou duramente, nesta segunda-feira (7), a abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

Para Lula, o impeachment tem que ter uma motivação. “E, no caso da Dilma, não tem nenhuma motivação a não ser ódio, a não ser preconceito, a não ser tentar desmontar um projeto que, com ajuda de milhões de pessoas que vivem no anonimato, que produzem a riqueza deste País, ajudaram a gente a construir”, disse Lula durante fala na plenária Organizativa Contra o Golpe.

Para Lula, a oposição ainda continua em campanha eleitoral, mesmo após derrotada nas urnas em 2014. O ex-presidente também reforçou que a população brasileira não pode “permitir um golpe de Estado em forma de impeachment”.

“Para recolocar o trem de volta nos trilhos a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado via impeachment no Congresso Nacional”, disse. “A oposição ainda não desmontou o palanque e faz todo o esforço para evitar que a Dilma governe”, lembrou o ex-presidente.

De acordo com Lula, se a cada momento que surgisse uma crise econômica os países trocassem seus governantes, países como os Estados Unidos e a Alemanha já teriam destituído do poder o presidente Barack Obama e a chanceler Angela Merkel. Para ele, as dificuldades políticas se intensificam porque a economia do mundo ainda não se recuperou.

“O que nós temos certeza é que, se há uma certa dificuldade, a possibilidade de a gente recuperar é com a companheira Dilma Rousseff, presidente da República. Não é com Eduardo Cunha, não é com Aécio [Neves]. […] Não é com o modelo de política econômica deles que pressupõe governar este País para um terço da população”, observou.

Além de Lula, participaram da plenária o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão; o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas; Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); e representantes de diversos movimentos progressistas.

Rui Falcão reforçou que o pedido de impeachment contra Dilma pode resultar, após ser derrotado na Câmara, em mais governabilidade. “A chantagem espúria colocou a possibilidade do governo mudar”, afirmou.

“No meio do jogo eles querem mudar, no tapetão, pois perderam 4 vezes seguidas e não se conformam com isso. A luta precisa ter foco: a defesa da democracia”, completou.

Com informações da Agência PT de Notícias

 

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