Rede de mulheres líderes encorpa discurso para a Rio+20

Evento no Rio com a participação das ministras Eleonora Menicucci e Izabella Teixeira foca centralidade da mulher na sustentabilidade

Mais de 200 mulheres líderes de todos os setores se reuniram, na última quinta-feira (31/05), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para discutir novas formas de atuação pela sustentabilidade.

No encontro, a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), destacou o compromisso do governo brasileiro com as mulheres. Menicucci ainda ressaltou que as discussões no âmbito da Conferencia RIO + 20 também terão como alvo as mulheres.

“As discussões e temas da Rio + 20 se enquadram, para nós, nos marcos dos compromissos do governo brasileiro com a efetiva inclusão da perspectiva de gênero em todo o processo de sustentabilidade econômica, política, social, cultural. Nele, as mulheres rurais, indígenas, ribeirinhas, quilombolas, das florestas e negras são estruturantes”, afirmou a ministra.

Grupos de trabalho organizados pelas integrantes da Rede Brasileira de Mulheres Líderes pela Sustentabilidade apresentaram a Plataforma 20, com propostas de atitudes sustentáveis para os próximos oito anos. Também firmaram acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), presidido pelo diretor de Assuntos Corporativos da Natura, Rodolfo Witzig Guttilla, para a disseminação de práticas de sustentabilidade entre as revendedoras da ABEVD, composta por 2,8 milhões de mulheres.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), vice-presidenta do Senado Federal, que também participou do evento, tratou do tema mulheres e consumo. “Somos nós mulheres que decidimos as compras. Estamos prontas a atuar em tantos nichos, e este do consumo é fundamental”, avaliou a senadora.

Igualdade e sustentabilidade
O tema da igualdade entre homens e mulheres foi abordado pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Para ela, a igualdade não existirá sem que exista sustentabilidade social.

“Estamos falando para homens e mulheres desta nova classe média que ainda não teviveram sua oportunidade de colaborar, mas que agora podem ajudar na sustentabilidade”, frisou a parlamentar.

Como representante do terceiro setor, Nilcéa Freire, da Fundação Ford, salientou que a pluralidade interfere de maneira positiva na sociedade.

“O investimento numa mulher significa que se está acreditando numa geração. Está se investindo mais do que numa pessoa, e sim, na possibilidade de novos padrões, a qual, portanto será capaz de incorporar a sustentabilidade”, avaliou.

Pesquisa
Segundo estudo da Editora Abril, “As poderosas da classe média”, realizado em 2011, as novas consumidoras brasileiras são responsáveis por 80% das decisões de consumo das casas e levam em conta a saúde, a educação e o futuro dos filhos na hora de comprar. Por isso, a responsabilidade para educar essas mulheres ao consumo deve ser compartilhada entre todos os setores.

 

Com informações da Secretaria de Políticas para Mulheres e Ministério do Meio Ambiente

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