Conservadores atacam direitos sempre que há crise, denuncia Paulo Paim

Conservadores atacam direitos sempre que há crise, denuncia Paulo Paim

Paim disse estar preocupado com trechos da carta “Uma ponte para o futuro”, do PMDB, que defende retrocessos nos direitos dos brasileirosOs pontos polêmicos de uma carta lançado pelo PMDB, neste final de semana, levaram o senador Paulo Paim (PT-RS) a chamar a legenda para o diálogo. Isso porquê, entre outras coisas, o texto prega o fim das despesas constitucionais obrigatórias com saúde e educação, cujos valores passariam a ser estabelecidos anualmente no orçamento. Além disso, defende que as negociações entre patrões e empregados prevaleçam sobre as normas legais – o quê, na prática, torna a CLT inútil. 

O avanço sobre direitos dos brasileiros, segundo Paim, não é de hoje e tem sempre um ponto de partida definido. “Não é preciso ter bola de cristal para entender e prever o que está acontecendo. É só anunciarem que está havendo uma crise, que os setores mais conservadores começam o ataque em cima dos direitos daqueles que mais precisam”, afirmou Paim, nesta terça-feira (3), da tribuna do Senado. 

O parlamentar é um dos principais defensores da manutenção das garantias de trabalhadores e aposentados, no Congresso Nacional. Recentemente encampou uma batalha contra uma emenda estranha à Medida Provisória 680/2015, uma proposta positiva que visa manter os empregos de milhares de brasileiros. O trecho criticado pelo senador defendia o negociado sobre o legislado, exatamente como defende o documento do PMDB, intitulado “Uma ponte para o futuro”. 

Paim acredita que com diálogo é possível evitar retrocessos. “Sempre tive uma relação muito boa com o PMDB, mas fiquei assustado. Espero que sejam propostas colocadas para o debate e que não sejam para aprovar de verdade”, disse. 

Leia mais:

Paulo Paim comemora retirada de emenda que jogaria leis trabalhistas no lixo

To top