Fátima Bezerra: interiorização garante realização de sonhos e acesso de todos os brasileiros aos serviços de saúdeAna Luíza Lima é estudante de Medicina em Caicó, no interior do Rio Grande do Norte. Nesta terça-feira (4), a futura médica foi destaque na cerimônia que comemorou os dois anos do programa Mais Médicos. Também foi tema do pronunciamento da senadora – e conterrânea – Fátima Bezerra (PT-RN).
A estudante discursou para as centenas de pessoas que lotaram o Salão Nobre do Palácio do Planalto logo depois do pronunciamento dos ministros da Saúde, Arthur Chioro, e da Educação, Renato Janine Ribeiro. E agradeceu à presidenta Dilma Rousseff por ter permitido a realização de seu sonho de se tornar profissional de saúde. “No Brasil de hoje a neta de um agricultor do interior do Nordeste ou de qualquer região do país já pode sonhar em ser doutora”, disse a estudante, pedindo coragem à presidenta. “Estamos certos de que nada nos impedirá de sonhar”, disse.
O discurso de Ana Luíza ecoou no Senado Federal. A senadora Fátima Bezerra lembrou que a estudante tem origem modesta e enfrentou muitas dificuldades até chegar ao campus de Caicó. A instituição de ensino, instalada no sertão do Seridó, foi o resultado de um esforço dos educadores e parlamentares do Rio Grande do Norte. “Nós conseguimos, naquela época, que o Rio Grande do Norte fosse contemplado, na primeira fase, instalando a Escola Multicampi – Curso de Medicina – em Caicó, Santa Cruz e Currais Novos. A estudante Ana Luisa, que falou hoje, é aluna desse curso de medicina lá já instalado”, comemorou.
A senadora lembrou que o governo Dilma tem priorizado a interiorização dos cursos de medicina no País. “Isso é uma forma de garantir mais oportunidades para aqueles que querem exercer a atenção básica e que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de saúde”, disse.
Ela mandou um recado para a jovem Ana Luíza: “Suas palavras, na verdade, sintetizam a gratidão de milhares de jovens do interior do País que, como você, estão tendo a oportunidade de realizar seu sonho de se tornar doutor e ajudar a dar mais esperança à vida de brasileiros e brasileiras que, que até algum tempo, não viam outro futuro à sua frente que não o de repetir a dura vida de seus pais de trabalhar de sol a sol para tirar seu sustento da terra em condições, muitas vezes, degradantes e sem nenhum tipo de assistência”.
Giselle Chassot
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