Não podemos criminalizar a pobreza e a juventude negra, lamenta Lindbergh

Não podemos criminalizar a pobreza e a juventude negra, lamenta Lindbergh

Lindbergh Farias condena: “É como se todo jovem pobre e negro, morador da periferia, fosse culpado”Moradores de bairros nobres do Rio de Janeiro param ônibus com destino a periferia, quebram os vidros a soco e agridem os jovens negros que estavam no coletivo. Esta “cena de selvageria”, ocorrida no último domingo (20), mereceu uma manifestação de repúdio do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), na tarde desta quarta-feira (23).

“É como se todo jovem pobre e negro, morador da periferia, fosse culpado”, criticou o senador. “Nós não podemos misturar as coisas. Quem comete crime tem que ser punido, mas não pode haver criminalização da pobreza, em especial da juventude negra do nosso País”, completou.

O ataque ao ônibus foi mais tentativa de se fazer justiça com as próprias mãos, depois de arrastões nas praias da zona sul da capital carioca. Segundo relatos, a reação não foi espontânea e teria sido planejada pelas redes sociais. “Polícia não faz nada. Os justiceiros fazem! Meus aplausos”, escreveu um internauta em um grupo na internet que reúne moradores de Copacabana.

Para Lindbergh, esse tipo de comportamento só tende a propagar a “barbárie” e molestar inocentes. Um dos rapazes agredidos pelo grupo da zona sul, por exemplo, não tinha sido acusado de delito algum.

O senador fez questão de registrar ainda que não cabe a sociedade punir criminosos: “quem comete um crime tem que ser preso pela polícia”.

Catharine Rocha

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