Direitos iguais entre trabalhadores deve preceder terceirização, diz Paim

Paim: é preciso que terceirizados tenham os mesmos direitos dos demais trabalhadoresRelator no Senado do PL 30, que amplia a terceirização do trabalho para as atividades-fim das empresas, Paulo Paim (PT-RS) já adiantou a apresentação de voto contrário à proposta. O parlamentar defende a construção de outro texto, sugerido pelo movimento sindical, regulamentando as atividades terceirizadas já existentes e protegendo esses trabalhadores.

“[É preciso] que eles tenham os mesmos direitos dos outros trabalhadores quanto a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e, também, a Constituição”, afirmou Paim em discurso ao plenário, nesta terça-feira (26). Ele é favorável à participação dos terceirizados nas comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), com acesso a cursos de segurança e higiene no trabalho e direito à filiação ao sindicato da empresa tomadora do serviço.

Um dos principais problemas do PL 30, alerta Paim, é que ele vai transformar empregados em “trabalhadores de aluguel”. “Poderão ser alugados e deslocados num dia para um canavial, num outro dia numa plantação de arroz, no outro dia trigo e milho e, oxalá, mandam no outro dia para dentro de uma metalurgia. Calculem o que pode aumentar de acidente no trabalho, que hoje já é da maior gravidade. A cada cinco mortes, quatro com trabalhadores terceirizadoas”, lembrou o petista.

Em artigo publicado no jornal El País, nesta terça-feira, Paim afirmou que a melhor forma de se contrapor às propostas conservadoras é o povo na rua. “O caminho é a mobilização popular para inibir a onda conservadora que avança de forma avassaladora contra os interesses dos trabalhadores e dos aposentados”.

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