Paim diz que senadores que votaram a favor do impeachment foram enganados

Paim diz que senadores que votaram a favor do impeachment foram enganados

Paim: estou convencido que a maioria dos senadores vai rever a sua oposiçãoAs sucessivas trapalhadas e os anúncios de medidas retrógradas do governo interino, segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), conseguiram unir os brasileiros, sejam pró ou contra o impeachment de Dilma: ninguém está aceitando o que está acontecendo. Além disso, as revelações do que se passa por trás deste golpe – de que a presidenta foi afastada por querer combater a corrupção – mostra que os senadores que votaram pela admissibilidade do processo de impeachment foram enganados.

“Estou convencido que a maioria dos senadores aqui [que votaram pela admissibilidade do impeachment] vai rever a sua oposição. Eles foram enganados”, afirmou o senador, em discurso ao plenário nesta segunda-feira (30).

Paim lembrou as propostas que o governo interino quer empurrar goela abaixo dos brasileiros, como o negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas, deixando de lado o que é previsto pela CLT. E avisou: haverá resistência.

“Tenho certeza que tanto o PTB quanto o PDT, o PT, os setores progressistas do PMDB, não vão aceitar que rasguem a CLT, que é a base dos direitos dos trabalhadores do campo, da cidade e que protege, historicamente, toda a nossa gente”, disse.

Fim do Ministério da Previdência

Outra preocupação do parlamentar é com a Previdência Social. O senador não se conforma com a transformação do Ministério da Previdência em um “puxadinho” do Ministério da Fazenda.

“Não há motivo nenhum para fazer um absurdo desses de desmontar o Ministério da Previdência, desvincular o salário mínimo dos benefícios dos aposentados e também dos pensionistas. Não há motivo para transformar uma questão social tão relevante somente em números, com interesse no mercado e sem compromisso nenhum com os milhões e milhões de brasileiros”, queixou-se o petista.

O Ministério da Previdência, de acordo com Paim, dispunha de um orçamento que ultrapassa o da maioria dos países da América Latina.

Outra medida crítica que o governo interino pretende adotar, que é a idade mínima para homens e mulheres em 65 anos, também foi lembrada pelo senador. “Não esqueçam que reforma da Previdência nós fizemos no fim do ano passado, quando aprovamos a fórmula 85/95. Agora, eles dizem: ‘ah, mas todos os países do mundo têm idade mínima’. Nós também temos: é 60 anos para o homem e 55 para a mulher, 35 anos de contribuição para o homem e 30 para a mulher”, lembrou.

 

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