Regina diz que caminho para a total conquista dos direitos humanos será longo

Regina diz que caminho para a total conquista dos direitos humanos será longo

Regina: novas gerações desconhecem a receita cruel do neoliberalismo imposto ao Brasil nos anos 90No dia Mundial de Luta pelos Direitos Humanos, a senadora Regina Sousa (PT-PI) lembrou dos casos de agressão que vêm se sucedendo no País durante os últimos meses, para concluir que o caminho para a conquista e afirmação dos direitos humanos no Brasil ainda é longo e tortuoso. 

Foram meninas apedrejadas porque suas roupas expressam preferência religiosa de matriz africana. Índios precisando lutar para manter suas terras que o latifúndio teima em querer ocupar. Mulheres sendo estupradas, mortas por maridos e ex-maridos, namorados ou ex-namorados que acham ter direito de propriedade sobre as mulheres. Trabalho escravo nas fazendas. Homossexuais lutando para serem aceitos, enumerou a senadora. 

“Tudo isso ainda nos faz vez que o nosso caminho na Comissão de Direitos Humanos é longo”, disse Regina, que lembrou também os casos de racismo, inclusive levadas a cabo pela polícia. “A gente ainda vê a morte de meninos negros só porque são negros”, lamentou. 

Crise

Regina Sousa também abordou um tema que remete à década de 90. Os jornais noticiavam reajustes, alto número de indigentes, desemprego, aumento da dívida pública, corrupção, desvalorização do real em relação ao dólar, alta de juros. 

“Há algumas coisas que a gente precisa refletir na história, até porque esses meninos que estão aí nas ruas, com 25, 30 anos, há 15 anos, tinham seus 15, 12 anos. Então, não sabem o que foi a receita que se viveu neste País, que a gente chamava de neoliberal”, disse a senadora. 

Ela recordou que era sindicalista do Banco do Brasil na época e a luta pelos direitos dos trabalhadores era muito mais árdua que hoje.  “Foram oito anos sem nenhum reajuste salarial. Nenhum. Fazíamos greve de 30 dias e voltávamos para casa com os 30 dias descontados. No ano seguinte, fazíamos uma greve para negociar os 30 dias que havíamos perdido e era só isso que nós conseguíamos”. 

 

Regina diz que é necessário lembrar esses tempos antes de imaginar que tudo seria maravilhoso se pessoas como José Serra (PSDB-SP) ou Michel Temer (PMDB-SP) estivessem no Palácio do Planalto.

To top