Rui Falcão faz balanço dos retrocessos em 30 dias de governo usurpador

Rui Falcão faz balanço dos retrocessos em 30 dias de governo usurpador

Rui Falcão: é preciso continuar nas mobilizações e denúncias contra este governo, que não foi eleito, que é antipovo e antinacional – e não pode continuarA gestão do presidente interino Michel Temer mal completou um mês e já deixa marcas profundas de retrocesso no Brasil. Em artigo publicado no site do PT Nacional, o presidente do partido, Rui Falcão, analisa os primeiros 30 dias de governo golpista, mostrando, inclusive, dados do que significa o projeto de limitar os gastos primários do governo à inflação do ano anterior: se fosse adotada em 2015, o orçamento para a saúde seria 36% menor. 

Veja, abaixo, o texto na íntegra: 

Rui Falcão: Governo usurpador, um mês de retrocessos 

Um mês de governo usurpador foi suficiente para mostrar a uma boa parte da população o que nos espera caso o governo ilegítimo consiga permanecer, afastando em definitivo a presidenta eleita, a companheira Dilma Rousseff. 

Já nem falo da abjeta mesquinharia do vice conspirador ao mandar cortar a comida do Palácio da Alvorada, enquanto oferece lautos repastos a seus sequazes no Jaburu. Ou da ilegal proibição da utilização de aviões da FAB, temeroso da presença da presidenta e de seus argumentos contra o golpe em diferentes lugares do Brasil. 

Mais grave que tudo é o início da implementação de seu programa regressivo, no campo econômico e social, mas que se espraia para outras políticas públicas, sempre voltadas para que os mais pobres paguem o pato. 

Só para se ter uma ideia, o economista João Sicsú fez uma simulação do que significa o projeto de Temer-Meirelles de limitar os gastos primários do governo (não os financeiros, naturalmente) à inflação do ano anterior. Veja quanto perderiam a Educação e a Saúde com os cortes que ocorreriam, segundo Sicsú: 

“Em 2006, o governo Lula investiu em saúde o montante de R$ 40,6 bi e, em 2015, o governo Dilma alcançou o valor de R$ 102,2 bi. Se fosse adotada a regra antissocial de Temer-Meirelles, o orçamento da saúde teria sido, em 2015, de R$ 65,2 bi, ou seja, um orçamento 36% menor. Na educação, o orçamento de 2015 foi de R$ 103,8 bi. Na regra antissocial, teria sido de apenas R$ 31,5 bi – um orçamento 70% menor.” 

E ele conclui: “O que eles querem, de verdade, é o fim do Estado brasileiro e dos direitos sociais”. 

Por isso, também, é preciso continuar nas mobilizações e denúncias contra este governo, que não foi eleito, que é antipovo e antinacional – e não pode continuar. 

 

Rui Falcão é presidente nacional do PT

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