Suplicy volta a defender taxa sobre transações financeiras

O objetivo da campanha é pressionar os chefes de Estado a se comprometerem com a criação do imposto, chamado de taxa Robin Hood.

O senador Eduardo Suplicy voltou a usar seu chapéu de Robin Hood – o herói inglês que rouba dos ricos para dar aos pobres – dessa vez no plenário do Senado, para marcar posição em defesa da criação da Taxa Internacional sobre as Transações Financeiras, conhecida como Taxa Robin Hood. Na última terça-feira (19/06), o senador já havia comparecido a um evento paralelo à Rio +20 para uma mobilização em defesa da taxa.

O objetivo da campanha é pressionar os chefes de Estado a se comprometerem com a criação do imposto, que será destinado à promoção de postos de trabalho dignos e sustentáveis; ao combate à pobreza e a desigualdade; ao fortalecimento das ações contra as mudanças climáticas; além da promoção de serviços públicos, como de saúde e educação.

Suplicy defende que, com a taxa, seja criado um mecanismo que possibilite a execução da renda básica em todo o mundo. “É muito importante que nós venhamos discutir e apoiar a criação do imposto. Mas, é importante pensarmos também, em qual poderá ser a destinação deste recurso”, disse Suplicy durante o evento.

Depois de discursar no plenário do Senado, o senador paulista abraçou-se à bandeira brasileira, elogiando a disposição do presidente da França, Françoise Hollande, de defender a criação de um fundo mundial feito a partir da taxação de grandes fortunas e sobre as transações financeiras. Na opinião do senador, os recursos poderão “garantir uma renda básica de cidadania para todos os habitantes do planeta” e, assim, ter a realização do sonho do herói fora da lei.

No pronunciamento, ele ressaltou a importância da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que está sendo realizada no Rio de Janeiro. “É uma oportunidade para que os povos do mundo possam refletir sobre como, efetivamente, prover sustentabilidade às suas nações; como fazer com que cada sociedade possa, ao mesmo tempo, construir os meios de efetiva solidariedade, de realização de justiça, de erradicação da pobreza, combinados às formas de proteger e melhorar o meio ambiente”, declarou.

Suplicy também leu em Plenário o discurso proferido pela presidente Dilma Rousseff na cerimônia de abertura da Rio+20, na quarta-feira (20). A presidente afirmou que pelas mãos dos representantes ali reunidos passam decisões políticas que impactam o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental de todo o planeta.

Dilma disse ainda que todos têm a responsabilidade, perante a História e perante os povos, de fazer da Rio+20 o momento de firmar compromissos para o futuro, para a vida e o bem-estar de milhões de homens e mulheres que habitam o planeta. Esse compromisso, afirmou a presidente, será concretizado com o desenvolvimento sustentável que se pode traduzir em três palavras: crescer, incluir e proteger.

Eduardo Suplicy também mencionou sua participação em diversos painéis do evento, relativos à sustentabilidade, debates sobre a questão de trabalho decente e desemprego e também sobre migrações. Em todos eles, frisou o parlamentar, de uma forma ou de outra se discutiu a ideia da “renda básica de cidadania”, sob o conceito de participação societária, quando toda a população terá direito a receber uma participação nas riquezas de seus países, conceito convergente com o projeto do parlamentar.

Com informações de agências 

Foto: Agência Senado

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