Telebras investiu R$ 287,8 mi e disponibilizou rede para 327 cidades

Rede de telecomunicação estará disponível em 40% dos municípios até o final deste ano. Os investimentos vão fazer a rede chegar a 2.038 localidades.

 

 

Rede de telecomunicação estará disponível em 40% dos municípios até o final deste ano

A Telecomunicações Brasileiras (Telebras) fechou o último ano com R$ 287,8 milhões em licitações, decorrentes de 164 processos licitatórios. Entre estes, os contratos necessários para a implantação do trecho de 21 mil quilômetros da rede nacional de telecomunicação (backbone) que deve ser concluído até o final de 2012.

A rede foi disponibilizada em 327 cidades no último ano e os investimentos vão fazer a rede de telecomunicação chegar a 2.038 localidades neste ano. As informações estão no Relatório de Administração do exercício de 2011, publicado pela empresa em 02 de março.

Os investimentos incluem a infraestrutura para os Pontos de Presença (POPs), os equipamentos DWDM (Dense Wavelengh Division Multiplexing) para iluminação das fibras ópticas, equipamentos da rede IP e de rádio e torres, entre outros.

A instalação de redes metropolitanas, baseadas em fibras ópticas, nas principais cidades atendidas pela rede de telecomunicação também integra as ações em andamento e abrangem as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Entre estas, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, que fazem parte do projeto de construção de infraestrutura em redes de fibra óptica, para o qual a Telebras terá R$ 200 milhões.

Acordos

Para efetuar a ampliação da capilaridade da rede, a Telebras firmou 20 Acordos de Cooperação, com destaque para as parcerias firmadas com a Rede Nacional de Pesquisas (RNP), com a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev), com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e com a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice). Além desses, mais cinco contratos de cessão de infraestrutura foram assinados com o Grupo Eletrobras e Petrobras para uso das fibras ópticas que compõe a rede nacional de telecomunicações.

Em 2011, a partir do crescimento da rede, foi viabilizada a realização de 25 contratos comerciais e uma oferta de 1,8 Gbps de banda contratada por prestadores de serviços de telecomunicação. Os contratos e a nova capacidade de oferta resultaram num crescimento de 210% entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado. Mais de 700 provedores de Internet demonstraram interesse em participar do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

O documento informa, também, que no ano passado foram concluídos 45 Pontos de Presença (POPs) no Anel Nordeste e 18 no Anel Sudeste. Já foram iniciadas as obras em quatro POPs do Anel Sul e esse locais abrigam os equipamentos da Telebras que permitem a integração das fibras ópticas do backbone (núcleo central da rede). A previsão é concluir 250 estações até o final de 2012.

Ministros renovam compromisso de interligar redes de comunicação na América do Sul

Os ministros de Comunicações dos países integrantes da União de Nações Sulamericanas (Unasul) renovaram o compromisso de trabalhar em parceria para garantir a interconexão de suas redes. Assinaram a declaração, além do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O encontro aconteceu no dia 09 de março, em Assunção, no Paraguai. Pelos prazos aprovados para implementação de cada fase do projeto de anel óptico, a conclusão vai ocorrer em três anos.

A oferta aos cidadãos de conexão mais rápida, a preços mais baixos, foi destacada no documento assinado pelos gestores da Unasul e, ainda, a necessidade de trabalhar para a geração, armazenamento e distribuição de conteúdos locais, de modo a aumentar a importância do tráfego de dados na região.

Outro fator ressaltado é o fortalecimento da soberania dos países a partir da interconexão das redes. Atualmente, o caminho percorrido pelos dados numa simples conexão à internet é extenso e caro. Quando um internauta do Brasil acessa um site do Chile, a conexão tem que passar por um servidor nos Estados Unidos, via cabos submarinos e só depois chegar ao Chile. A partir do funcionamento do anel óptico interligando os países sul-americanos, o tráfego circulará diretamente entre as redes locais.

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