Tiro n’água: suspeita de fraude de candidato derrotado por Dilma desmorona

Tiro n’água: suspeita de fraude de candidato derrotado por Dilma desmorona

Sampaio e Aécio: nova invertida, agora no TSE. A culpa é sempre dos outrosFoi um tiro n’água. O PSDB contratou auditoria, gastou R$ 1 milhão para tentar comprovar que houve fraude nas eleições de 2014. Perderam tempo, dinheiro e ainda mais da pouca de credibilidade que lhes resta. A pá-de-cal sobre uma das inúmeras tentativas de escorar o golpe em algum lastro de legalidade foi lançada foi lançada nesta quarta-feira (04) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): a suspeita de fraude lançada por seu deputado Carlos Sampaio (SP), coordenador jurídico da campanha do candidato derrotado, Aécio Neves, não se sustenta. Não há suspeita, indício, nada que justifique a ação aberta pela incapacidade de aceitar a derrota.

 

Três dias após o fim do segundo turno, a campanha tucana questionou  o resultado das urnas que deu a vitória para a presidenta Dilma Rousseff. Como argumento, apresentaram denúncias publicadas nas redes sociais por eleitores de Aécio Neves (PSDB) com relatos de que teriam tido problemas para votar. Pura balela. Tratava-se de nova tentativa de conturbar o ambiente político. Não havia, como foi constatado, nenhuma veracidade nas denúncias.

À época do pedido, o PSDB alegou que a auditoria não tinha por objetivo questionar o resultado das eleições perdidas, iludindo a opinião pública, mas sim, a “lisura” do processo. Processo que, diga-se, nunca havia sido contestado por candidato algum desde o restabelecimento da democracia no Brasil, em 1988, mas que, no ano passado, teve sua credibilidade tisnada pela contrariedade adolescente dos derrotados.

“A mera alegação genérica quanto à existência de ‘denúncias das mais variadas ordens’, desprovida de provas ou indícios de irregularidades no processo de apuração e totalização dos votos é insuficiente para abalar a credibilidade dos sistemas desenvolvidos pelo TSE”, diz o texto do acórdão publicado dia 20 de novembro.

Como historicamente se comporta, o PSDB fugiu à responsabilidade. Desta vez, entretanto, não poderia culpar o que estivesse mais próximo. A saída canhestra foi apelar para o um jogo de palavras que preservasse a lisura do TSE, sem reconhecer o erro grosseiro de levantar suspeitas contra o mesmo TSE. Em sua “auditoria independente”, diz o grupo golpista, não foram encontrados erros não porque eles não existem, mas porque é impossível localizá-los.  Nada mais tucano.

 

Como registro, apenas dois integrantes da mídia dominante – O Estado de S.Paulo e Valor Econômico – dedicaram reportagem exclusiva para a nova invertida tucana. Os demais, cúmplices da armação que não vingou, que abriram suas primeiras páginas à ação na época, sonegaram de seus leitores o novo revés do candidato derrotado.

To top